Telhados verdes são áreas cobertas por plantas que são colocadas numa camada à prova de água em cima de casas, fábricas, escritórios e outros edifícios. No entanto, na área do Mediterrâneo, é necessário o uso de sistemas rega em telhados verdes, pois eles não podem suportar o verão sem rega. As vantagens dos telhados verdes em climas áridos só serão suficientemente ampliados se o sistema for mais barato e sustentável. Assim, na presente proposta pretendemos desenvolver uma tecnologia de produção de material biológico como cobertura verde que não dependa de rega.
Descritores: Regadio; Telhados verdes; Biocrostas
O principal objetivo do projeto será explorar a utilização de biocrostas como solução para os telhados verdes da paisagem urbana, evitando a rega, com base numa diversidade de espécies de musgo nativas recuperadas de diferentes locais em Portugal, refletindo diferentes condições climáticas e diferentes adaptações e tolerâncias ao ambiente urbano.
Além disso, queremos avaliar os serviços prestados por este telhado verde composto de musgos em termos de:
(1) biodiversidade;
(2) infiltração e retenção de água;
(3) sequestro de carbono e azoto;
(4) capacidade de filtragem do ar;
(5) regulação da temperatura da estrutura urbana.
Em curso.
A predictabilidade atmosférica sazonal, em particular da seca e a integração de previsões sazonais em aplicações (e.g. na agricultura, saúde, recursos hídricos), tem interessado o WCRP (World Climate Research Programme) e a União Europeia em projectos tais como DEMETER, ENSEMBLES, EURO-SIP (EUROpean multi-model Seasonal to Inter-annual Prediction). Deste modo pretende-se contribuir para a avaliação e melhoria da predictabilidade de índices de seca na Europa Ocidental, em particular Portugal, em escalas do mês ao ano e para prazos até 6 meses. Pretendemos avaliar a predictabilidade de colheitas, modeladas por modelos de produção agrícola, forçados por previsões atmosféricas (temperatura, precipitação e radiação) em base diária.
Descritores: Previsões sazonais; Milho; Regadio
(1) Utilização do modelo SIMDualKc em conjunto com o modelo de água-produção de Stewart para a predição da produção de cevada e de milho em condições de seca.
(2) Utilização de previsões sazonais de 3 e 7 meses de temperaturas máximas e mínimas bem como precipitação diária para a modelação das culturas do milho e cevada usando o modelo AquaCrop.
(1) Os calendários de rega do milho estudados para condições de seca mostraram a adequação de défice hídrico moderado ao longo do ciclo da cultura com exceção das fases de floração e de enchimento do grão, em que o défice deve ser suave de modo a impedir elevados impactos negativos na produção.
(2) A utilização de dados de previsão a 7 meses e a 3 meses mostrou que apesar de existirem erros de estimação da produção este tipo de dados tem grande potencial para ser utilizado no apoio à decisão, em particular nas culturas de regadio.
É, atualmente, consensual que o clima está a sofrer alterações significativas. Em Portugal essas alterações parecem ir no sentido do aumento a variabilidade climática e da probabilidade de eventos extremos, da concentração da precipitação na estação fria além do conhecido aumento da temperatura. O sector agrícola está particularmente exposto a estas alterações importando por isso conhecer com o rigor possível os impactos previsíveis no médio e longo prazo.
Descritores: Alterações Climáticas; Vinha
Estudar o impacto das alterações climáticas na viticultura nacional, pretende ainda avaliar possíveis medidas de adaptação.
Utilizando estes modelos e os cenários A2 e B2 previstos para o clima futuro estimaram-se os impactos previstos nos teores em açúcar e acidez do mosto para o final deste século (2070-2100). Os resultados obtidos indicam um aumento do teor em açúcar e uma diminuição da acidez total do mosto à vindima em qualquer dos cenários.
O Vinbot é um robot autónomo todo-o-terreno com um conjunto de sensores capazes de captar e analisar imagens de vinhas e dados 3D através de aplicações de computação em nuvem, para determinar o rendimento de vinhas e partilhar esta informação com os viticultores. Vinbot responde a uma necessidade de aumentar a qualidade dos vinhos europeus, implementando viticultura de precisão para estimar o rendimento (quantidade de fruta por metro quadrado de área de vinha).
Descritores: Vinha
O projeto Vinbot visa fornecer uma solução para estimar o rendimento de vinhas e aplicar as técnicas de gestão adequadas. Usando tecnologias de navegação autónomas, uma variedade de sensores e técnicas avançadas de processamento de dados, o Vinbot pode capturar autonomamente os principais indicadores relacionados à produtividade da videira e às características da videira nas posições exatas em todo o vinha e com mínima intervenção humana.
Um pequeno computador de bordo descarrega algoritmos de visão computacional com uso intensivo de dados para serem processados na nuvem.
Usando os mapas de rendimento baseados na web gerados pelo sistema Vinbot, viticultores e associações podem centralizar e coordenar a gestão de rendimento em todas as vinhas dos associados.
O Vinbot aborda os objetivos estratégicos da reforma do sector vitivinícola da Comissão Europeia através de uma melhor gestão do rendimento através da introdução de um robot novo, autónomo, de visão computacional e baseado na computação em nuvem, economicamente acessível às vinhas das PME.
Outra vantagem do Vinbot é que é uma plataforma de robótica aberta, composta de sensores prontos para uso. Como tal, outros sensores podem ser adicionados, e os serviços da web podem ser configurados de acordo com as necessidades da indústria para medir condições adicionais de vinhedo no futuro.
A tecnologia proposta pode funcionar com sensores padrão existentes para monitorar temperatura, humidade, doenças, stress vegetativo, bem como outros sensores padronizados desenvolvidos no futuro.