Inovação para a Agricultura

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Fogo e Invasoras

Entidade líder do projeto: INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA-ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA
Responsável pelo projeto: Joaquim Sande Silva (jss@esac.pt)
Site do projeto: http://fogoeinvasoras.isec.pt/?page_id=15&lang=pt_PT
Área do plano de ação: Biomassa Florestal
Parceiros:

ASSOCIAÇAO FLORESTAL DO BAIXO VOUGA; ASSOCIAÇÃO FLORESTAL DO PINHAL; GREENCLON, LDA; SFERA ULTIMATE, LDA; SILVOKOALA - SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL UNIPESSOAL, LDA; VUMBA-EXPLORACAO FLORESTAL AGRO-PECUARIA E TURISMO S.A.


Prioridade do FEADER: P4) Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura;
Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

O fogo controlado é uma técnica de gestão da vegetação, internacionalmente reconhecida pelas suas vantagens económicas e ecológicas. Em Portugal, para além do costume milenar de queimar mato para fins silvopastoris, a utilização técnica do fogo tem sido feita sobretudo na gestão de combustíveis, em ações destinadas à prevenção de incêndios. Este tipo de operações tem adquirido uma importância crescente devido à dificuldade em resolver o grave problema de incêndios florestais que continua a existir em Portugal (San-Miguel e Camia, 2009), o qual se prevê venha a agravar-se no futuro devido às alterações climáticas (Amatulli et al., 2013). No entanto, o uso inadvertido do fogo apresenta riscos em áreas com plantas de espécies exóticas invasoras, por poder facilitar a expansão destas espécies (Brooks et al., 2004). O fogo atua sobre os bancos de sementes, estimulando a deiscência ou a germinação, facilitando o recrutamento de novas plântulas. Como exemplos mais expressivos temos a háquea-picante (Hakea sericea Schrad.) e a mimosa (Acacia dealbata Link.), cuja expansão em Portugal está muito associada ao atual regime de fogo (Marchante et al., 2014). Ambas as espécies têm vindo a aumentar a sua área de ocorrência em Portugal, criando problemas quer ao nível da conservação da biodiversidade quer ao nível do aumento do risco de incêndio (Fernandes, 2009). Por exemplo a área de povoamentos de acácia duplicou entre 1995 e 2005 (ICNF, 2013). No entanto, o fogo controlado pode ser uma oportunidade em vez de um problema, se for planeado para o controlo da vegetação invasora (DiTomaso e Johnson, 2006). Para isso é necessário aplicar o fogo de acordo com prescrições precisas ao nível das condições de queima, tal como é feito para outros tipos de combustível (Silva e Marchante, 2012). Tal só é possível se existir um conhecimento detalhado sobre a relação entre as características do fogo e o seu efeito nas espécies que pretendemos controlar. O uso do fogo para o controlo de vegetação invasora faz-se noutros países (DiTomaso e Johnson, 2006) mas para espécies e condições climáticas distintas daquelas que existem em Portugal. No nosso país não existe ainda conhecimento suficiente que permita o uso do fogo para as nossas condições. A presente iniciativa pretende contribuir para alterar esta situação, através da criação e transferência de conhecimento sobre as relações entre o fogo e as duas espécies (háquea-picante e mimosa), dada a sua importância em Portugal. Pretende-se assim resolver o problema associado ao uso inadvertido do fogo em áreas colonizadas por estas espécies, e explorar a oportunidade que o uso do fogo representa para o seu controlo. Pretende-se igualmente contribuir para diminuir o risco de incêndio através do aperfeiçoamento da gestão de combustíveis através do fogo controlado. O tema enquadra-se no Domínio Temático 2.4: Prevenção e minimização do risco de incêndio, integrado na 2.ª Prioridade: Melhoria da gestão dos sistemas agrícolas e florestais. O setor é o da Biomassa Florestal já que se trata de gerir a produção de biomassa lenhosa quer numa perspectiva de prevenção de incêndios, quer numa perspectiva de aproveitamento do material lenhoso. 


Objetivos visados:

Aumentar e divulgar o conhecimento sobre as relações entre as características do fogo e os efeitos causados em duas importantes espécies de plantas invasoras (háquea-picante e mimosa), de modo a atingir os seguintes objetivos principais:

a) Fornecer informação para uma utilização do fogo ecologicamente fundamentada, de modo a reduzir significativamente o seu uso inadvertido em áreas invadidas por háquea-picante e mimosa;

b) Desenvolver técnicas de fogo controlado, com vista à sua utilização como ferramenta alternativa para o controlo destas espécies;

c) Controlar os efeitos colaterais do uso do fogo para controlo destas espécies, ao nível do banco de sementes das espécies nativas, e ao nível da erosão do solo;

d) Prever o risco de invasão em função da ocorrência de diferentes tipos de fogo, incluindo os incêndios de verão;

e) Criar novos modelos de combustível associados às formações vegetais dominadas por háquea-picante e mimosa, permitindo um maior rigor na simulação do comportamento do fogo e na produção de cartografia de risco;

f) Avaliar o efeito causado pela invasão por estas duas espécies no risco de incêndio das áreas invadidas;

g) Criar bases para o estudo do uso do fogo noutras espécies invasoras, nomeadamente outras espécies do género Acacia;

h) Divulgar os resultados obtidos quer pelos técnicos quer pelos proprietários florestais, utilizando para tal os meios previstos no Plano de Demonstração e Disseminação.

A estes objetivos acresce ainda a possibilidade de vir a caracterizar a produção de biomassa nas parcelas em estudo, com vista ao seu eventual aproveitamento económico, nos casos em que se opte por remover o material lenhoso de maiores dimensões, antes das operações de queima.


Sumário do plano de ação:

A háquea-picante e a mimosa são espécies lenhosas invasoras que regeneram após o fogo, produzindo grandes acumulações de biomassa combustível e causando impactes ambientais negativos. No entanto o fogo pode ser uma ferramenta eficaz no controlo destas espécies, se usado de forma tecnicamente adequada. A candidatura Fogo e Invasoras destina-se a produzir um manual de boas práticas para uso do fogo em áreas invadidas e em risco de invasão por estas espécies. 


Pontos de situação / Resultados:

CONCLUSÕES FINAIS

Imagem gráfica

Foi produzido um logotipo e uma identidade gráfica para serem utilizados por todos os parceiros do consórcio. O logotipo e a identidade gráfica foram concebidos pela empresa Guerrilla, de Coimbra, em 2018. A identidade gráfica incluiu um template para produção de apresentações em Powerpoint. Veja o logotipo AQUI.

Website

Foi produzido um website bilingue de apoio à divulgação e disseminação da informação desenvolvida no âmbito do projeto. o website está ativo num dos servidores do Instituto Politécnico de Coimbra, desde março de 2019 no endereço http://fogoeinvasoras.isec.pt. Estava prevista a criação de uma página no Facebook, mas optou-se por incluir as notícias do projeto na página oficial da Escola Superior Agrária de Coimbra em https://www.facebook.com/ESAC.IPC, assim como noutras páginas Facebook de pessoas e entidades ligadas ao projeto, incluindo alguns dos parceiros. De resto foram muitas as atividades do projeto publicitadas via Facebook. Alguns exemplos:

Vídeo promocional e de divulgação em dois idiomas (português e inglês)

A produção do vídeo promocional do projeto foi terminada em 2022 e decorreu ao longo de três anos, de modo a ilustrar as várias fases de implementação. O vídeo acabou por dar lugar a quatro versões distintas, todas elas disponíveis no Youtube. Foi elaborada uma versão longa, em português e em inglês. Foi também elaborada uma versão curta em português, para inclusão em apresentações Powerpoint. Foi posteriormente elaborado um quarto vídeo incluindo uma entrevista ao coordenador do projeto, apenas em português. Foi ainda produzido um quinto vídeo pela entidade coordenadora do projeto (IPC) no âmbito do projeto Agir4 Innovation. Foi igualmente desenvolvido um canal Youtube do projeto Fogo e Invasoras, onde os quatro vídeos produzidos pelo projeto Fogo e Invasoras se encontram alojados.

COLÓQUIOS E CONGRESSOS

Colóquio de divulgação de resultados

O workshop final do projeto foi realizado no final do último período de prorrogação do projeto, a 28 de junho de 2023, na Escola Superior Agrária de Coimbra. Este evento final destinou-se à apresentação pública dos resultados do projeto à comunidade florestal nacional (técnicos florestais, proprietários, investigadores e estudantes). O evento contou com uma assistência de 20 pessoas, entre presenças físicas e assistência online. Neste evento final, para além da apresentação dos resultados e conclusões do projeto, foram também lançadas as duas publicações finais do projeto, a brochura para proprietários e o Manual de boas práticas.

Participação em congressos internacionais

Previa-se a participação em cinco eventos de carácter internacional para a divulgação do projeto nas suas diferentes vertentes e ao longo dos seus diferentes estádios de desenvolvimento. No entanto foi possível exceder este objetivo com a participação em mais três congressos internacionais. Segue-se uma lista com a participação em oito eventos internacionais, vários dos quais com financiamento externo ao projeto Fogo e Invasoras. Nesta lista apenas constam duas das cinco conferências previstas na candidatura (EMAPI em Praga e IWFC no Porto), por impossibilidade de participar nas restantes devido a constrangimentos vários, em parte relacionados com o atraso no arranque do projeto, e em parte devido à pandemia Covid-19.

Participação em congressos nacionais

Para além dos eventos de caráter internacional, cabe listar a participação em treze eventos nacionais que permitiram a divulgação do Grupo Operacional e do projeto Fogo e Invasoras.

Produção de brochura para proprietários florestais

A produção da brochura decorreu em simultâneo com a produção do Manual de Boas Práticas, tendo sido concluída durante os seis meses de prorrogação do Projeto, em 2023. Tal como previsto, a brochura destina-se a um público não especializado e aborda aspetos técnicos tratados de forma acessível, e aspetos mais gerais de divulgação sobre as duas espécies estudadas. Foi publicado em formato digital para divulgação através da internet, e em papel para distribuição. A versão digital da brochura encontra-se disponível AQUI.

A referência bibliográfica é:

Silva, J. S., Deus, E., Moura, E., Hagens, S., Gerber, D., Marchante, H., Queirós, L., Nereu, M., Cortes, P., Riveiro, S. & Fernandes, P. (2023). Gestão de plantas invasoras: acácia-mimosa e háquea-picante. Coimbra: Instituto Politécnico de Coimbra.

O público-alvo da brochura foram sobretudo proprietários florestais e o público em geral.

Publicações técnicas

Manual de boas práticas para uso do fogo em áreas invadidas e em risco de invasão

O Manual Técnico para a gestão de acácia-mimosa e háquea-picante é o produto mais importante do ponto de vista da demonstração e disseminação dos resultados obtidos pelo projeto Fogo e Invasoras. O manual foi concluído em 2023, aproveitando a última prorrogação de seis meses, sem a qual, não teria sido possível concluir esta publicação. O Manual contou com a colaboração de 11 autores e resume os resultados conseguidos pelo projeto para cada uma das duas espécies estudadas. Apresenta ainda uma secção dedicada a recomendações técnicas dirigidas a um público especializado. Foi publicado em formato digital para divulgação através da internet, e em papel para distribuição. A versão digital do Manual Técnico pode ser acedida AQUI.

A referência bibliográfica do Manual Técnico é:

Silva, J. S., Deus, E., Moura, E., Hagens, S., Gerber, D., Marchante, H., Queirós, L., Nereu, M., Cortes, P., Riveiro, S. & Fernandes, P. (2023). Gestão acácia-mimosa e da háquea-picante - Resultados do projeto Fogo e Invasoras. Coimbra: Instituto Politécnico de Coimbra.