GoFigoProdução - Melhorar a qualidade e produtividade dos figueirais através da modernização das técnicas utilizadas e da eficiente utilização do solo
- Entidade líder do projeto: ROSAGRO - SOCIEDADE AGRICOLA LDA
- Responsável pelo projeto: Michele Rosa
- Site do projeto: https://gofigo.webnode.pt/
- Área do plano de ação: Cultura de outros frutos em árvores e arbustos
- Parceiros:
ROSAGRO - SOCIEDADE AGRICOLA LDA; ASSOCIAÇÃO QUALIFICA / ORIGIN PORTUGAL; CASAL DOS CARDOS - SOCIEDADE AGRICOLA LDA; CENTRO OPERATIVO E TECNOLÓGICO HORTOFRUTÍCOLA NACIONAL; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA
- Prioridade do FEADER: P5E) promoção da conservação e do sequestro de carbono na agricultura e na silvicultura;
- Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:
O problema que está na base da presente proposta é a discrepância observadaO problema que está na base da presente proposta é a discrepância observadaentre a falta de figo no mercado e a existência de vastas extensões de figueiral abandonado ou mal rentabilizado.
Torres Novas é uma região tradicionalmente produtora de figo, que apresentaTorres Novas é uma região tradicionalmente produtora de figo, que apresentavantagens competitivas nomeadamente ao nível dos solos e do clima, sendo de referir a especial adaptação de duas variedades de figo, o Preto de Torres Novas (característico da região e único) e o Pingo Mel, que se tem mostrado(característico da região e único) e o Pingo Mel, que se tem mostradoparticularmente interessante sob o ponto de vista comercial. Estes factores podem ser considerados como a oportunidade que se pretende aproveitar, sendo para isso necessário apostar decididamente no aumento da produtividade dos pomares enecessário apostar decididamente no aumento da produtividade dos pomares emelhoria da qualidade dos frutos.
Esta aposta deverá incidir sobre a protecção e o uso eficiente do solo; a protecção fitossanitária do figueiral e métodos de condução das árvores consentâneos com as exigências atuais de produtividade, de modo a atrair o investimento e tornar exigências atuais de produtividade, de modo a atrair o investimento e tornarrentável a exploração do figueiral.
- Objetivos visados:
- Aumentar a qualidade e quantidade de produção de figo de forma eficiente, com focalização inicial nas variedades de Figo Preto de Torres Novas e Pingo Mel, devido à particular adaptação e originalidade do primeiro, e interesse comercial do segundo;
- Redução dos custos com mão de obra através da redução do porte das figueiras e simultaneamente aumento da segurança e melhoria das condições de trabalho;
- Aumento do calibre dos frutos de forma equilibrada e da sua qualidade, através da facilitação do respetivo manuseamento. A fertilização equilibrada induz maior calibre e qualidade aos figos assim como maior resistência à epiderme dos mesmoscalibre e qualidade aos figos assim como maior resistência à epiderme dos mesmoso que facilita o manuseamento e transporte;
- Conservar e aumentar o teor de matéria orgânica do solo através do coberto vegetal;
- Disseminar boas práticas de conservação e melhoria da capacidade de resposta do solo;
- Desenvolver estudos de métodos de prevenção e proteção da produção de figo,tendo em conta as substâncias ativas disponíveis e novos métodos adequados à cultura e ambientalmente sustentáveis;
- Divulgar boas práticas com base nos resultados de experiências de comparação entre figueiras mantidas segundo novas metodologias e figueirais mantidos de forma tradicional.
- Sumário do plano de ação:
Melhorar a qualidade e produtividade dos figueirais através da modernização das técnicas utilizadas e da eficiente utilização do solo.
- Pontos de situação / Resultados:
RESULTADOS
Aplicando as novas técnicas de produção na cultura da figueira é possível aumentar a produção qualitativa e quantitativa tanto na variedade Preto de Torres Novas como na variedade Pingo de Mel. Embora cada uma das variedades com as suas caraterísticas especificas, principalmente no que diz respeito aos nutrientes necessários a cada cultivar.
Resumidamente pode-se concluir que:
- O rendimento do figo fresco nas três áreas de intervenção, fertilização, coberto vegetal e poda é maior no ensaio racional do que no ensaio tradicional;
- O rendimento do figo seco é maior no ensaio racional na fertilização e na poda. Os valores do rendimento do figo no coberto vegetal não são significativos, ou seja, devido à duração temporal dos ensaios no âmbito do GO, e tendo em conta que o campo de ensaios é constituído por árvores de grande porte, com mais de trinta anos e de sequeiro, será necessário mais tempo para a manifestação de resultados consistentes.
- Quanto à qualidade dos frutos em geral, pode-se afirmar que não houve alterações significativas entre os ensaios (tradicional e racional). No entanto, com mais tempo de investigação será possível conseguir desenhar uma tendência positiva nos resultados qualitativos dos figos, seja no calibre, no peso e nos teores de sólidos solúveis.
Tendo em conta estes novos investimentos e o pouco conhecimento que existe nesta cultura, temos como prospetivas futuras, fazer investigação nesta área, nomeadamente:
- Saber qual a quantidade água necessária nas diferentes cultivares de forma a manter a rentabilidade do pomar. Até quanto podemos diminuir a quantidade de água de forma a termos a mesma produção?
- Coberto vegetal – semeado e espontâneo. Quais as espécies que melhor se adaptam e que maiores vantagens trazem às figueiras?
- Estudar o comportamento da variedade Preto de Torres Novas em diferentes condições a que estão habituadas; ou seja, com novos compassos, em regadio, formas de condução diferentes (eixo), sem mobilização de solo, etc.
- Estudar diferentes cultivares, saber as que melhor se adaptam e aquelas que têm maior rentabilidade?
O resultado mais importante deste GO foi a realização do primeiro manual pratico tendo por base os resultados de ensaios. Este manual é uma ferramenta fundamental para quem quer dedicar-se cultura da Figueira de forma profissional e competitiva.
Um outro resultado muito importante deste projeto, e com maior impacto, foi a criação do Agrupamento de produtores de figo de Torres Novas - Go Figo – agrupamento de produtores de figo, Lda. .Este agrupamento é constituído por 9 sócios em que todos tem a responsabilidade e obrigação de entregar toda a produção a esta entidade, para que esta possa comercializar em conjunto e assim beneficiar a produção com os melhores preços. No fundo, na esperança que seja apenas o início da continuação da história do figo em Torres Novas, este projeto serviu para dinamizar os produtores e novos investidores nesta cultura do figo.
Documentação:
- 1º folheto Go Figo Produção
- Poster Go Figo Produção, Cimeira Agro inovação 2018
- Artigo Qualifica Origin.pt sobre a Qualificação do Figo de Torres Novas como Indicação Geográfica (IG) ou como Denominação de Origem (DO), outubro de 2018.
- Artigo intitulado "Avaliação qualitativa do figo, à colheita", por Claudia Sánchez, na edição de novembro de 2018 da revista Voz do Campo.
- Poster realizado para o 3º roteiro de inovação, promovido pelo COTHN para a Feira dos Frutos das Caldas da Rainha, agosto de 2019
- 2º folheto Go Figo Produção
- Folheto - Análise Foliar
- Folheto - Procedimento de recolha de solo
- Guia Prático da Cultura da Figueira
Iniciativas:
1º dia aberto Go Figo Produção, 15 de setembro de 2018, Torres Novas. Programa
2º dia aberto Go Figo Produção, 31 de agosto de 2019, Torres Novas
3º dia aberto Go Figo Produção, 29 de agosto de 2020, Torres Novas. Programa
4º Dia Aberto, 28 agosto de 2021, Torres Novas. Programa e Inscrição AQUI
Seminário Final "O Figueiral do Futuro", 1 de outubro de 2021. Programa
Mais informação em: https://gofigo.webnode.pt/iniciativas/