Inovação para a Agricultura

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ProtecEstenfilio - Monitorização da estenfiliose na cultura da pereira ‘Rocha’ e adoção de medidas que permitam minimizar o impacto económico e social da doença, com base na utilização otimizada dos recursos (água, fertilização, biofungicidas, produtos fi

Entidade líder do projeto: CENTRO OPERATIVO E TECNOLÓGICO HORTOFRUTÍCOLA NACIONAL;
Responsável pelo projeto: Maria do Carmo Martins
Site do projeto: https://protecestenfilio.webnode.pt/
Área do plano de ação: Cultura de pomóideas e prunóideas
Parceiros:

ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES AGRÍCOLAS DA SOBRENA; COOPERATIVA AGRICOLA DO BOMBARRAL CRL; COOPERATIVA AGRÍCOLA DOS FRUTICULTORES DO CADAVAL CRL; CPF - CENTRO DE PRODUCAO E COMERCIALIZACAO HORTOFRUTICOLA LDA; FRUTOESTE-COOPERATIVA AGRICOLA DE HORTOFRUTICULTORES DO OESTE-CRL; FRUTUS - ESTAÇÃO FRUTEIRA DO MONTEJUNTO CRL; INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO; INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA; UNIVERSIDADE DE ÉVORA.


Prioridade do FEADER: P4) Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura;
Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

Na região Oeste tem-se registado um aumento da incidência da estenfiliose em pereira "Rocha". Apesar da aplicação de produtos fitofarmacêuticos e da realização de práticas fitotécnicas, não tendo sido possível controlar a doença, que tem continuado a aumentar, alterando o seu desenvolvimento habitual que normalmente era alternado, entre um ano com forte incidência de estenfiliose e outro com baixa incidência. A estenfiliose, ou doença da mancha castanha da pereira, é causada por um fungo Stemphylium vesicarum (Wallroth) Simmons (Pleospora allii (Rabenh.) Ces & De Not, estado assexuado).  A existência no Oeste de condições favoráveis ao desenvolvimento e dispersão da doença, permitiu que esta se dissemina-se por toda a região, tornando-se em muitos pomares de pera cv. Rocha a doença chave e conduzindo em alguns pomares a perdas superiores a 50%. As infeções ocorrem nos pomares e agravam-se no decurso da conservação, inviabilizando a comercialização dos frutos. A cultivar Rocha tem vindo a ser severamente afetada pela doença, apesar de ser considerada medianamente susceptível à estenfiliose, por causas que ainda se desconhecem.  


Objetivos visados:

Pretende-se estudar a doença e perceber qual a evolução que tem decorrido nos pomares de pera Rocha da região Oeste nos últimos 5 anos, com o objetivo de introduzir nos pomares práticas culturais e métodos de monitorização que permitam ajudar a controlar a estenfiliose.

Os objetivos específicos são os seguintes:

1. Avaliação do status quo do pomar e a incidência da estenfiliose. 

2. Otimização dos meios de luta química. Será avaliada a eficácia biológica de fungicidas e biofungicidas in vitro e in vivo, utilizando uma seleção caracterizada de isolados patogénicos com diferentes virulências e selecionados os mais eficazes. Pretende-se ainda confirmar os períodos de maior sensibilidade à doença para nessa fase aplicar medidas potencialmente mais eficazes. Serão testados no campo diferentes programas de controlo com fungicidas (alternância de modos de ação, gestão de risco de resistências) ou biofungicidas que demonstraram maior eficácia em diferentes épocas de aplicação.

3. Otimização de meios de luta cultural. Procurar-se-á analisar a eficiência de diferentes práticas fitotécnicas na redução da manutenção e viabilidade do inóculo no pomar, nomeadamente desenvolver um equipamento agrícola para a remoção dos frutos e folhas infetadas do pomar.


Sumário do plano de ação:

Estudar a evolução da estenfiliose na cultura da pereira ‘Rocha’ e aplicar um conjunto de práticas que permitam minimizar o impacto da doença, com base na utilização otimizada dos recursos (água, fertilização, produtos fitofarmacêuticos).


Pontos de situação / Resultados:

Ponto de situação (abril 2023)

Conclusões sobre o projeto desenvolvido e perspetivas futuras

(janeiro 2021)

Os ensaios de eficácia de fungicidas in vitro foram executados, segundo os procedimentos de trabalho elaborados em 2018. Assim, foram efetuadas a avaliação preliminar da sensibilidade de isolados de Stemphylium vesicarium a 10 ppm, aos fungicidas estudados, a determinação da concentração mínima inibitória (MIC) e a concentração mínima fungicida (MFC) pelo método de suscetibilidade em microdiluição em caldo f.O primeiro procedimento foi aplicado a 20 isolados de S. vesicarium para as substâncias ativas tebuconazol, fluaziname, fluopirame, tirame, trifloxistrobina e iprodiona.Dos 20 isolados estudados quanto à avaliação da sensibilidade, selecionaram-se nove para determinar a concentração mínima inibitória e concentração mínima fungicida para as substâncias ativas tebuconazol, fluaziname e fluopirame.Foi redefinida a seleção dos fungicidas para testar em 2020, dos quais ainda não se tem os resultados;Nos ensaios de eficácia de fungicidas in vivo, no campo, tem sido avaliado o nível de eficácia biológica de diversos produtos fitofarmacêuticos cujas substâncias activas foram: fluopirame + tebuconazol; pentiopirade, boscalide + piraclostrobina; fluxapiroxade; ciprodinil + Fludioxonil; clortalonil; tirame; captana; fluaziname; pirimetanil; hidrogenocarbonato de potássio; trifloxistrobina e fludioxonil. Em 2018 com uma incidência de estragos nos frutos de 27,5% na testemunha, foram obtidas eficácias entre 35,5% e 81,8%.
Em 2019 com uma incidência de estragos nos frutos de 75,5% na testemunha foram obtidas eficácias entre 22,5% e 93,0%. Em 2020 com uma incidência de estragos nos frutos de 18,7% na testemunha foram obtidas eficácias entre 0,0% e 81,8%.Na otimização dos meios de luta química, foram testadas várias estratégias fitossanitárias de PFF em combinação com diferentes indutores de resistência que visa a proteção dos frutos e a obtenção de fruta com resíduos zero. Entre 2018 e 2020 foram encontradas  eficácias que variaram entre 18,1% e 90,9%.Relativamente ao estudo dos diferentes isolados, tal como em estudos anteriores conduzidos em diferentes países, os isolados obtidos no material colhido em diferentes pomares de pereira ‘Rocha’ da região Oeste revelaram virulências diferentes, sugerindo a importância da caracterização da virulência dos diferentes isolados presentes nos pomares desta região, por forma a tornar mais eficiente o controlo desta doença. Os resultados sugerem que o maneio do pomar não determinou o comportamento do isoladoRelativamente à sensibilidade das diferentes especies de infestantes à estenfiliose, concluiu-se, até à data que: Espécies que surgiram com maior frequência: Lolium multiflorum, Convolvulus arvensis, Sonchus oleraceus, Calendula arvensis, Lavatera cretica, Senecio vulgaris, Hordeum murinum e Lolium multiflorum. 
Espécies mais fortemente colonizadas por Stemphylium vesicarium foram: Poa trivialis, Mentha sp., Sonchus tenerrimus, Phalaris coerulencens, Malva sp., Lavatera cretica e Epilobium tretagonum.  Identificaram-se 13 espécies não colonizados por Stemphylium vesicarium .
Os resultados obtidos em dois anos de projeto ProtecEstenfilio são frágeis e, carecem de confirmação até à sua conclusão; contudo, representam um contributo para a PI da estenfiliose baseado na redução do inóculo potencial no pomar.

Participação da Professora Cecília Rego (ISA)  para apresentar o grupo operacional ProtectEstenfilio na primeira conferência dedicada à estenfiliose, uma das principais causas de  perdas de produção na cultura da pereira "Rocha", no dia 28 de junho, no Pequeno Auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

Ações:

  • Ação de Demonstração / Dia de Campo do GO Protecestenfilio, agosto de 2018. Observação de ensaios de produtos fitofarmacêuticos testados em pomar no Bombarral e debate posterior.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Documentação

Posters:

Artigos:

Publicações:

Publicações desenvolvidas no âmbito do projeto AgroInov sobre a Estenfiliose. Cadernos produzidos pelo Instituto Superior de Agronomia, coordenação do COTHN-CC.