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As mudanças climáticas esperadas na região Mediterrânea podem ter diferentes efeitos sobre as florestas, dependendo da geografia e das condições ambientais. O crescimento das árvores pode ser afetado por vários fatores (e.g. temperatura, disponibilidade de água e radiação solar) e a ocorrência de secas tornam as florestas mais vulneráveis às doenças e pragas. A primeira resposta das árvores à seca é o fecho dos estomas, o que provoca um declínio progressivo na absorção de carbono. Esta mudança altera a proporção de carbono alocada aos diferentes processos metabólicos, resultando na diminuição de assimilados disponíveis para processos de baixa prioridade (como crescimento secundário do tronco e reprodução). Assim, a resposta de árvores à seca tem implicações na fisiologia global da árvore, na produção de madeira e na sobrevivência. A disponibilidade hídrica tem um forte impacto sobre a fisiologia vegetal e sobrevivência, especialmente em ambientes onde a água é o principal fator limitante, tais como a região Mediterrânica.
Descritores: Floresta; Seca; Alterações Climáticas; Pinheiro Bravo
Determinar os limites fisiológicos de árvores com elevado interesse económico, tais como o pinheiro bravo (P. pinaster) e determinar como as diferenças na disponibilidade hídrica são expressas anatomicamente, irá esclarecer os mecanismos de crescimento da árvore e fornecer a base necessária para prever a resposta das florestas às mudanças climáticas futuras.
Objetivos específicos:
(1) Estudar o impacto da variabilidade climática na fisiologia e a atividade cambial de P. pinaster no clima Mediterrânico;
(2) Aferir as condições de adaptação à seca do Pinheiro bravo;
(3) Analisar a arquitetura hidráulica de P. pinaster e a sua fisiologia de acordo com diferentes disponibilidades hídricas do solo.
Em curso.