Associação de Defesa do Património de Mértola; Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa; Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais
A recente expansão do clima semi-árido a todo o Alentejo e o crescente impacto das alterações climáticas exigem adaptação local. O aumento da floresta autóctone representa uma estratégia ao nível do ecossistema pois aumenta a resiliência e os serviços de ecossistema através do aumento da: matéria orgânica no solo, carbono e azoto, biodiversidade, infiltração de água, etc; e diminui a suscetibilidade à desertificação. Por essa razão, grandes áreas têm sido reflorestadas com as espécies autóctones de azinho e sobro no Alentejo, mas com uma baixa taxa de sucesso.
Descritores: Alterações Climáticas; Azinho; Floresta
Desenvolvendo um modelo que aponte quais a zonas que: i) podem ser facilmente regeneradas com baixos custos; ii) devem ser sujeitas a reflorestação assistida, com apoio de diversas técnicas; iii) devem ser ocupadas por atividades alternativas devido à dificuldade em as reflorestar. Ao adequar os esforços e energia a cada local através do conhecimento da sua ecologia diminuímos substancialmente o custo-benefício, melhorando as taxas de sobrevivência a longo prazo.
O projeto pretendeu aprender com campanhas de reflorestamento dos últimos 40 anos, para compreender quais dos métodos utilizados apresentaram melhores resultados e taxas de sucesso. A regeneração natural é um componente importante do sucesso do reflorestamento. A partir da análise da sua ocorrência, resultou um modelo que permite a identificação de zonas específicas em Mértola (Alentejo), onde a regeneração natural é favorecida ou necessita de assistência para ocorrer, e quais as técnicas mais adequadas em cada caso. Os planos detalhados são de extrema importância, nomeadamente em áreas de topografia complexa. Não há uma única receita que resulte em todo o país. Para uma boa relação custo / benefício, os reflorestamentos precisam ser adaptados ao clima.