No contexto do projeto LIVESEED, a equipa da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), cujo investigador responsável é o Professor Pedro Mendes-Moreira, a ADER-SOUSA – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa e a COPAGRI - Cooperativa Agrícola de Lousada coorganizaram, no passado dia 15 de julho, uma visita aos ensaios de seleção e avaliação de germoplasma de milho que se encontram a decorrer no Vale do Sousa.
O objetivo da ação foi verificar in loco a evolução dos referidos ensaios, assim como a troca de know-how entre os participantes. Além da equipa da ESAC e ADER-SOUSA, participaram na visita aos campos de ensaio o grupo de produtores inseridos no trabalho de investigação e representantes e técnicos das Cooperativas Agrícolas de Lousada, de Felgueiras e da Lavoura de Paços de Ferreira.
Em concreto, os ensaios de Seleção Massal e de Avaliação de Germoplasma decorrem nas localidades de Várzea, Macieira da Lixa e Nogueira, em terrenos de agricultores locais, produtores de milho. Das quatro explorações onde estão a ser realizados os ensaios, duas estão localizadas no concelho de Felgueiras e outras duas no concelho de Lousada, tendo sido disponibilizados 0,56 ha para os ensaios de seleção e 0,1 ha para ensaios de avaliação.
De referir que uma das variedades brancas a ensaio de seleção é produzida em Modo de Produção Biológico e nas restantes explorações se procuram adotar modos de produção convergentes com os Modos de Produção Agroecológica e Biológica.
Durante a visita, a equipa da ESAC prestou esclarecimentos sobre a instalação dos ensaios, a forma e os modos de seleção e de avaliação a aplicar aos ensaios, e explicou a importância da preservação e valorização destes recursos genéticos tradicionais para o desenvolvimento rural e para a manutenção da identidade cultural das comunidades locais. Além destes aspetos, a equipa falou dos objetivos da investigação que se prendem com a avaliação da adaptação dos milhos branco e amarelo que se encontram nos campos de ensaio das Terras do Sousa, quer para alimentação animal, quer para a confeção da tradicional broa do Vale do Sousa ou até mesmo para fins mais inovadores, tais como a utilização das espigas inteiras para alimentação humana e/ou para efeitos decorativos, entre outras ideias que foram surgindo à medida que o grupo de participantes, em ambiente informal, se foi manifestando.
Bastante enriquecedora, assim se pode classificar a visita, que permitiu um verdadeiro intercâmbio de conhecimento prático e técnico-científico in loco entre participantes.
Está prevista nova visita aos campos de ensaio próximo da colheita, assim como a colheita dos ensaios e de outras informações relevantes à investigação em curso.
Mais informações sobre o projeto LIVESEED em https://www.liveseed.eu/.
Notícia enviada pela ESAC, membro da RRN.