Desafios:
- A maioria da população do Tâmega e Sousa ainda não demonstra muito interesse em produtos com certificação MPB.
- A maioria dos consumidores locais não conhece e valoriza os produtos típicos e identitários da região (e.g. carne arouquesa e maronesa, cebola garrafal, melão “Casca de Carvalho”, Capão de Freamunde IGP, citrinos da Pala);
- Faltam no território estruturas que concentrem a oferta de pequenos produtores locais, com capacidade de abastecer instituições públicas (escolas, hospitais, forças de segurança, etc.) ou entidades de maior dimensão (IPSS);
- Grande parte da população não tem conhecimento concreto acerca do que implica a implementação e desenvolvimento de uma sociedade sustentável;
- Existem graves problemas atualmente que ameaçam a paisagem ripícola e a sua biodiversidade, quer no que diz respeito à fauna quer à flora;
- Grande parte dos agricultores do território não se encontram sensibilizados ou interessados em optar pela produção em MPB;
- O custo dos produtos é o critério principal no processo de aquisição de alimentos para as refeições escolares.
Oportunidade:
A criação da “Bio-Região do Tâmega e Sousa” tem muito potencial para agregar o território na concretização de um modelo de desenvolvimento mais sustentável e saudável.
Este projeto estrutura-se através de um plano de ação, que engloba 4 atividades:
(1) Despertar e mobilizar a comunidade para a "Bio-Região do Tâmega e Sousa;
(2) Estimular a agricultura sustentável, saudável e diversificada;
(3) Fomentar o conceito "produzir e consumir no Tâmega e Sousa";
(4) Gestão, acompanhamento e comunicação da Operação.
Publicação "Referencial Estratégico da “Bio-Região do Tâmega e Sousa” - novembro de 2022 - Descarregue aqui.
Promover o desenvolvimento socioeconómico em torno de uma atividade com forte vocação nos territórios rurais e que gera externalidades positivas como a perpetuação do mosaico paisagístico, a prevenção de incêndios florestais, a diminuição dos riscos de erosão e desertificação do território e manutenção das raças autóctones.
Publicações
Manual do Pastor do douro,Tâmega e Sousa
Atividade 1. Produção do Manual do Pastor 4.0
1.1 Desenvolvimento do Manual do Pastor 4.0
- Elaboração de inquérito a realizar aos pastores – concluída;
- Realização de inquéritos aos pastores – concluída.
Atividade 2. Gestão e Monitorização da Operação
2.1 Outras tarefas
- Reunião interna da parceria
- Apresentação do Projeto – concluída.
A Dieta Mediterrânica (DM), pelos valores que tem associados, promove uma alimentação e um estilo de vida saudável com resultados significativos na promoção da saúde e combate à doença, nomeadamente à COVID 19. A DM está associada ao consumo de produtos locais, frescos e sazonais, produzidos com frequência em explorações agrícolas familiares e comercializados em circuitos curtos, com apelo aos sabores e paladares das gastronomias locais, contribuindo para a valorização dos produtos locais e de proximidade, para a salvaguarda das variedades regionais e para a dinamização das economias locais e regionais. A DM foi reconhecida pela UNESCO como Património Cultural Imaterial da Humanidade, no entanto a adesão dos portugueses ao padrão da DM é baixo, em especial nos grupos etários mais jovens, de menores rendimentos e mais baixas escolaridades.
a) Alargar a rede de parceiros e consolidar o trabalho para a salvaguarda e valorização da DM, através da criação de quatro conselhos regionais da Dieta Mediterrânica (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo);
b) Definir e experimentar estratégias de comunicação sobre Dieta Mediterrânica e alimentação saudável dirigidas a jovens em idade escolar adequadas às regiões do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, com base na estratégia elaborada e experimentada pelo Algarve;
c) Criar site e facebook, editar folha informativa, revista e edição de vídeos a emitir em canal de TV, para divulgar iniciativas inovadoras ou relevantes de salvaguarda e valorização da DM e de sensibilização aos benefícios da DM enquanto estilo de vida saudável e dinamizador dos territórios rurais;
d) Definir orientações e materiais de apoio à efetiva introdução da DM nos menus das refeições escolares e ações de sensibilização para diretores e técnicos das autarquias;
e) Elaborar e divulgar documentos com sistematização de conhecimentos técnicos e divulgação de iniciativas inovadoras sobre a salvaguarda e valorização da DM resultantes dos seminários e reuniões anuais da rede de países que integram a rede da DM enquanto património cultural imaterial da humanidade reconhecido pela UNESCO.
Ao mesmo tempo que se verifica um aumento progressivo no consumo de produtos biológicos em Portugal e na Europa, um interesse crescente dos agricultores no Modo de Produção Biológico (MPB) e a implementação de estratégias e políticas de apoio a este modo de produção, é notória a incapacidade de abastecimento do mercado nacional pelos produtores portugueses, particularmente no setor hortofrutícola, o que se deve, em parte, à falta de informação dirigida a quem deseja converter-se para o MPB. Com o projeto Divulgar Bio pretende-se compreender as necessidades de informação/formação dos agricultores e criar materiais adequados e orientados para responder a essas necessidades e diminuir a perceção do risco de quem deseja proceder à conversão.
O objetivo do Divulgar Bio consiste em desenvolver um plano de comunicação que contribuísse para o aumento do número de agricultores a produzir em modo de produção biológico e, consequentemente, para a redução da dependência externa do país no setor das frutas e hortícolas biológicas. O plano assentou essencialmente na criação de manuais facilitadores do processo de conversão das explorações hortofrutícolas para Agricultura Biológica (AB), com a participação ativa dos agricultores e tendo em conta as suas perspetivas. Para isso, foram identificadas as dúvidas e os interesses dos agricultores em relação à AB, no decorrer de diversas oficinas realizadas pelos diferentes parceiros, de um dia de campo na área certificada em AB da Escola Superior Agrária de Coimbra e de visitas a produtores biológicos e sistemas de comercialização de produtos biológicos de diversas regiões. Para além da publicação e divulgação dos manuais, espera-se que, indiretamente, a participação de diversos agricultores nestas ações de recolha e discussão de informação, possa resultar no aumento da taxa de conversão para AB no território de influência dos parceiros, quer através da motivação dos próprios participantes nas oficinas e visitas, quer pelo efeito que estes possam vir a ter noutros agricultores das suas comunidades e redes.
O projeto encontra-se concluído, tendo-se obtido os resultados abaixo descritos:
Ação 1 - Oficinas Temáticas
Cada um dos parceiros locais (ADER-SOUSA, COTHN, Douro Superior e Pinhal Maior) organizou, entre janeiro e junho de 2020, duas oficinas temáticas com o objetivo de analisar com os agricultores as vantagens da Agricultura Biológica (AB) e as dificuldades da sua aplicação prática. Privilegiou-se uma abordagem prática dos métodos de produção, certificação e comercialização em AB, sendo enfatizada a troca de ideias, conhecimentos e experiências entre os agricultores e os facilitadores da ESAC, permitindo compreender as principais dúvidas e necessidades de informação dos agricultores de forma a dar-lhes especial destaque nos manuais a produzir no âmbito do projeto.
Ação 2 - Visita à área certificada em AB da ESAC
A ESAC organizou em julho de 2020 um dia de campo na sua área certificada em AB, proporcionando aos agricultores envolvidos no projeto um contacto direto com técnicas e tecnologias utilizadas em AB para, num contexto prático e informal, se discutirem as principais dúvidas e dificuldades inerentes a um processo de conversão para AB.
Ação 3 - Visitas a explorações e estruturas de comercialização de produtos biológicos da área de influência dos parceiros locais;
Cada parceiro local organizou uma visita diversificada na sua área de influência para os agricultores participantes no projeto. Ao longo das visitas houve troca de ideias e partilha de opiniões. Pretendeu-se, desta forma, diversificar os temas de reflexão dos participantes através do contacto com outros sistemas e cadeias agroalimentares e reforçar o espírito crítico da equipa do projeto relativamente às matérias fundamentais a incluir nos manuais.
Ação 4 - Visita a explorações e estruturas de comercialização de agricultura biológica de uma região de Espanha
O COTHN organizou uma visita a várias explorações agrícolas biológicas na zona de Andaluzia (uma das zonas mais importantes de AB de Espanha) e ao mercado biológico de Sevilha para troca de experiências e informações entre técnicos e agricultores dos dois países, visando reforçar a identificação das principais oportunidades e desafios deste modo de produção. Esta visita realizou-se entre 10 e 12 de março de 2022
Ação 5 - Elaboração de manuais técnicos
Foram elaborados 4 manuais destinados a agricultores:
Manual 1 - "Agricultura Biológica passo a passo: O Solo e a Água"
Manual 2 - "Agricultura Biológica passo a passo: Promoção da Biodiversidade"
Manual 3 - "Agricultura Biológica passo a passo: Gestão e Comercialização"
Manual 4- "Agricultura Biológica passo a passo: Conversão e Certificação"
Ação 6 - Produção de brochuras
Foram produzidas duas brochuras, uma dedicada à horticultura e outra à fruticultura, onde são apresentados conselhos técnicos a aplicar em cada uma destas atividades, em AB.
Ação 7 - Organização de um evento nacional com intercâmbio com redes de Agricultura biológica /agroecologia
A última ação pública do projeto Divulgar Bio foi o Seminário "Agricultura Biológica Passo a Passo" que se realizou no dia 20 de Julho de 2022, na Escola Superior Agrária de Coimbra. O seminário contou com a presença de mais de 90 participantes e diversos palestrantes de várias tipologias (académicos, técnicos e agricultores). Para além da partilha de experiências de agricultores parceiros do projeto e da mesa-redonda, onde foram debatidas diversas perspetivas para a Agricultura Biológica em Portugal, foram também apresentadas sete comunicações.
O objetivo do Divulgar Bio consiste em desenvolver um plano de comunicação que contribuísse para o aumento do número de agricultores a produzir em modo de produção biológico e, consequentemente, para a redução da dependência externa do país no setor das frutas e hortícolas biológicas. O plano assentou essencialmente na criação de manuais facilitadores do processo de conversão das explorações hortofrutícolas para Agricultura Biológica (AB), com a participação ativa dos agricultores e tendo em conta as suas perspetivas. Para isso, foram identificadas as dúvidas e os interesses dos agricultores em relação à AB, no decorrer de diversas oficinas realizadas pelos diferentes parceiros, de um dia de campo na área certificada em AB da Escola Superior Agrária de Coimbra e de visitas a produtores biológicos e sistemas de comercialização de produtos biológicos de diversas regiões. Para além da publicação e divulgação dos manuais, espera-se que, indiretamente, a participação de diversos agricultores nestas ações de recolha e discussão de informação, possa resultar no aumento da taxa de conversão para AB no território de influência dos parceiros, quer através da motivação dos próprios participantes nas oficinas e visitas, quer pelo efeito que estes possam vir a ter noutros agricultores das suas comunidades e redes.