A recente expansão do clima semi-árido a todo o Alentejo e o crescente impacto das alterações climáticas exigem adaptação local. O aumento da floresta autóctone representa uma estratégia ao nível do ecossistema pois aumenta a resiliência e os serviços de ecossistema através do aumento da: matéria orgânica no solo, carbono e azoto, biodiversidade, infiltração de água, etc; e diminui a suscetibilidade à desertificação. Por essa razão, grandes áreas têm sido reflorestadas com as espécies autóctones de azinho e sobro no Alentejo, mas com uma baixa taxa de sucesso.
Descritores: Alterações Climáticas; Azinho; Floresta
Desenvolvendo um modelo que aponte quais a zonas que: i) podem ser facilmente regeneradas com baixos custos; ii) devem ser sujeitas a reflorestação assistida, com apoio de diversas técnicas; iii) devem ser ocupadas por atividades alternativas devido à dificuldade em as reflorestar. Ao adequar os esforços e energia a cada local através do conhecimento da sua ecologia diminuímos substancialmente o custo-benefício, melhorando as taxas de sobrevivência a longo prazo.
O projeto pretendeu aprender com campanhas de reflorestamento dos últimos 40 anos, para compreender quais dos métodos utilizados apresentaram melhores resultados e taxas de sucesso. A regeneração natural é um componente importante do sucesso do reflorestamento. A partir da análise da sua ocorrência, resultou um modelo que permite a identificação de zonas específicas em Mértola (Alentejo), onde a regeneração natural é favorecida ou necessita de assistência para ocorrer, e quais as técnicas mais adequadas em cada caso. Os planos detalhados são de extrema importância, nomeadamente em áreas de topografia complexa. Não há uma única receita que resulte em todo o país. Para uma boa relação custo / benefício, os reflorestamentos precisam ser adaptados ao clima.
As populações marginais / periféricas (MaP) da floresta estão nas margens das faixas de espécies e contêm uma diversidade genética original devido a condições inadequadas de sobrevivência. Os efeitos da alteração climática provavelmente serão mais fortes e mais rápidos nas populações de MaP do que em outros lugares. Estudar os processos adaptativos nas populações de MaP é crucial e de interesse mútuo para os países europeus e não europeus para entender a evolução das espécies e desenvolver a conservação da diversidade genética (FGR), estratégias de gestão e redes para lidar com a mudança global. Essas populações não são apenas ameaçadas pelas mudanças climáticas modernas, mas também por outros distúrbios decorrentes das atividades humanas e podem ser inestimáveis para a adaptação do setor florestal europeu.
Descritores: Florestas; populações periféricas
O principal objetivo deste projeto é gerar conhecimento relevante sobre o papel e o uso das populações de MaP para adaptar as florestas à mudança global usando uma abordagem multidisciplinar.
O futuro das populações de árvores florestais periféricas é de particular interesse no contexto das mudanças climáticas. Essas populações podem ser concomitantemente aquelas onde as mudanças evolutivas mais significativas ocorrerão; aqueles que enfrentam maior risco de extinção; a ou a fonte de novidade genética para reforçar a variação genética permanente em várias partes dessas regiões periféricas. Decidir qual estratégia implementar para conservar e usar de forma sustentável os recursos genéticos das populações de árvores florestais periféricas é um desafio. Argumentamos que as populações de árvores florestais periféricas são “laboratórios naturais” para resolver questões prioritárias de pesquisa, tais como como a interação complexa entre processos demográficos e seleção natural molda a adaptação local; e se a adaptação genética será suficiente para permitir a persistência a longo prazo das espécies dentro de sua distribuição atual.As populações periféricas são ativos fundamentais para a silvicultura adaptativa que necessitam de medidas específicas para a sua preservação. Com base nos conhecimentos existentes, sugerimos abordagens e princípios que possam ser usados para a gestão e conservação dessas populações distintas e valiosas, para manter processos genéticos e ecológicos ativos. os sustentaram ao longo do tempo.
Os ecossistemas periféricos das florestas são importantes indicadores de mudança ambiental, porque são fortemente impactados por fatores ambientais, em particular mudanças no clima e no uso da terra, resultando em abandono da terra e reflorestamento de áreas anteriormente sem árvores. Com foco nestes ecossistemas este projeto visa integrar métodos científicos e resultados relacionados com a conservação da biodiversidade e uso sustentável de recursos naturais sob mudanças climáticas e de uso da terra. Este projeto investigará os impulsionadores e a extensão das mudanças ambientais contemporâneas e futuras nas florestas montanhosas europeias, desenvolvendo métodos para estimar sua resiliência e definir as consequências para a sociedade.
Descritores: Floresta; Alterações Climáticas; uso da terra
O principal objetivo do projeto é melhorar a gestão deste tipo de ecossistemas e dos seus serviços associados e para capacitar os stakeholders com ferramentas para lidar com as mudanças futuras no uso do solo e do clima, usando novas abordagens para a integração do conhecimento.
Outputs cientificos:
O projecto PROAAcXXIs pretende colmatar a falta de conhecimento dos processos hidro-climáticos nas pequenas ilhas num enquadramento de mudança climática e, em simultâneo, gerar e disponibilizar informação de apoio à decisão a uma escala compatível com a atividade dos principais setores que dela dependem (agricultura e ambiente). Particular ênfase será dado ao estudo dos regimes de precipitação e fenómenos associados (secas e escoamentos).
Para além das metodologias já desenvolvidas e testadas com êxito em ambientes insulares no que diz respeito à capacidade de geração de variáveis climáticas a uma escala compatível com as características das pequenas Ilhas, serão concebidas novas metodologias para um modelo conceptual integrado de natureza hidrológica que, através de um balanço hídrico sequencial, permita o acompanhamento distribuído (em toda a superfície das ilhas) das condições hídricas, quer nos ecossistemas naturais, quer nos ocupados por atividades agrícolas e florestais.
Descritores: Alterações Climáticas; modelos hidrológicos; Floresta
O projeto assenta nos seguintes quatro objetivos genéricos:
(i) diferenciação da variabilidade climática normal da alteração climática;
(ii) projeção do clima futuro para os três grupos de Ilhas dos Açores com a adoção de um Representative Concentration Pathway;
(iii) conceção e operacionalização de um modelos físico de balanço hídrico integrado com maior resolução espacial baseado num conhecimento científico mais aprofundado dos processos naturais (ecossistemas naturais) e artificiais (ecossistemas agroflorestais);
(iv) criação de uma plataforma de SIG online vocacionada para a divulgação pública da informação relevante, designadamente o acompanhamento de índices de seca (SPIs), água no solo, infiltração, escoamento.
A partir da informação de base gerada prevê-se ser também possível fornecer sequencialmente e de forma atualizada outros indicadores de natureza climática, designadamente; índices de conforto, temperaturas e horas de frio, taxas fotossintéticas, etc
Em curso.