GO - Fortificação de arroz em selénio
- Entidade líder do projeto: UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
- Responsável pelo projeto: Fernando Lidon ( fjl@fct.unl.pt)
- Site do projeto: https://sites.fct.unl.pt/bio_arroz_selenio/
- Área do plano de ação: Cultura do arroz
- Parceiros:
ANTONIO MADALENO, UNIPESSOAL, LDA.; COTARROZ CENTRO OPERATIVO E TECNOLÓGICO DO ARROZ; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA; ORIVÁRZEA - ORIZICULTORES DO RIBATEJO, S.A.
- Prioridade do FEADER: P2A) melhoria do desempenho económico de todas as explorações agrícolas e facilitação da restruturação e modernização das explorações agrícolas, tendo em vista nomeadamente aumentar a participação no mercado e a orientação para esse mesmo mercado, assim como a diversificação agrícola;
- Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:
A deficiência em selénio, que afecta cerca de 15% da população, tem sido associada à ocorrência de doenças cardíacas, vários tipos de cancros e às doenças Keshan e Kaschin-Beck.
Contudo, com a biofortificação de alimentos base em selénio, as populações com acesso limitado aos mercados e sistemas de saúde podem ser beneficiadas, pois as elevadas taxas de consumo destes produtos permitem um maior sucesso / impacte dos Programas de Biofortificação (aspecto que vem justificando a implementação de projetos de cariz mundial, com destaque para o Harvest Plus http://www.harvestplus.org/).
Neste contexto o arroz, embora com um teor de selénio extremamente baixo, porque é um alimento base cuja produção a nível mundial ocupa o 2º lugar, possui um enorme potencial para reduzir o défice de selénio. Justifica-se assim a crescente procura de estratégias que propiciem o aumento do teor em selénio nos alimentos base (em geral) e no arroz (em particular).
Porém, a biofortificação do arroz em selénio coloca questões de índole técnica, cientifica, económica e social que importa definir, nomeadamente:
Que variedades selecionar para futura exploração num contexto nacional e internacional?
Que tipo e forma de adubação deve ser aplicada para evitar a evolução de toxicidades?
Que implicações terão para as tecnologias de transformação nas indústrias alimentares?
Que alterações são introduzidas na carga nutricional da semente biofortificada?
Propõe-se assim um projeto que visa concretizar e disseminar informação preliminar, obtida no Projeto Proder PA43374, e que a par das necessidades das populações, contempla implicações técnicas e nutricionais inerentes à produção de arroz biofortificado em selénio, para produção de farinha para produtos “Baby Food”, e que corresponde às necessidades de competitividade da cadeia agroindustrial orizícola nacional, e às potencialidades para a exportação para mercados transnacionais.
- Objetivos visados:
A evolução do sector orizícola, em Portugal deve centrar os seus indicadores de competitividade no âmbito das preferências dos consumidores, de forma progressivamente mais profiláctica e com crescentes índices de exportação (considerando neste caso a produção de arroz com características únicas de biofortificação).
Neste contexto, a presente iniciativa compreende três objetivos principais:
1. Otimização da produção de dois genótipos de arroz biofortificado em selénio, considerando a interação entre os diferentes sistemas, nomeadamente as interações entre os genótipos de arroz e os tipos de adubação e momentos de aplicação.
2. Delineamento de um itinerário técnico para a produção de 2 variedades de arroz biofortificado em selénio para transformação industrial em farinha destinada a produtos “baby food”.
3. Localização tecidular do selénio no grão de arroz para seriação da tecnologia industrial a utilizar na produção de farinha (integral ou refinada).
4. Aferição do efeito dos processos de transformação em arroz biofortificado na composição nutricional, considerando os requisitos industriais dos mercados-alvo (produtos “Baby Food”), de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as diretivas da União Europeia para o sector.
Na definição destes objectivos considera-se que a qualidade do arroz é o resultado da interação das condições de cultivo (tipo de solo, clima, pragas, práticas culturais e genótipo), assim como das operações de colheita, conservação e processamento, factores estes que influenciam diretamente o uso industrial a ser dado ao produto final (incorporação em produtos "Baby Food").
- Sumário do plano de ação:
A deficiência em selénio, que afeta 15% da população, tem sido associada a doenças cardíacas, vários tipos de cancros e às doenças Keshan e Kaschin-Beck. Contudo, com a biofortificação de alimentos base em selénio, nomeadamente arroz, as populações com acesso limitado aos mercados e sistemas de saúde podem ser beneficiadas, pois as elevadas taxas de consumo destes produtos permitem um maior sucesso dos Programas de Biofortificação. Neste projeto desenvolve-se um novo itinerário técnico para biofortificação do arroz em selénio, considerando diferentes variedades para exploração num contexto nacional e internacional.
Propõe-se um projeto que, a par das necessidades das populações, contempla implicações técnicas e nutricionais para produção de arroz e farinha biofortificado/a em selénio, destinada a produtos “Baby Food”, e que corresponde às necessidades de competitividade da cadeia agroindustrial orizícola nacional e às potencialidades para a exportação para mercados transnacionais.
- Pontos de situação / Resultados:
Consultar site: https://sites.fct.unl.pt/bio_arroz_selenio/Consultar site: https://sites.fct.unl.pt/bio_arroz_selenio/