Inovação para a Agricultura

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GO - Biofortificação de trigo mole em zinco para produção de farinha

Entidade líder do projeto: UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA
Responsável pelo projeto: Fernando Lidon
Site do projeto: https://sites.fct.unl.pt/bio_trigo_zinco_farinha/home
Área do plano de ação: Cerealicultura (excepto arroz)
Parceiros:

AGRO-VALE LONGO, LDA; ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DO BAIXO ALENTEJO - AABA; FRANCISCO CALHEIROS LOPES DE SEIXAS PALMA; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; INSTITUTO POLITECNICO DE BEJA; INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA; SOCIEDADE AGRICOLA SARAMAGO DE BRITO LDA; TOSCAGRI, LDA


Prioridade do FEADER: P2A) melhoria do desempenho económico de todas as explorações agrícolas e facilitação da restruturação e modernização das explorações agrícolas, tendo em vista nomeadamente aumentar a participação no mercado e a orientação para esse mesmo mercado, assim como a diversificação agrícola;
Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

Num contexto de crescente pressão concorrencial internacional, os vetores de competitividade devem estar na base, quer da formulação de uma estratégia própria e focada de especialização inteligente, quer na base da sua aplicação e gestão, segundo um contexto de inovação. Assim, neste Programa propõe-se a associação do conhecimento e de capital humano acumulado com a estrutura económica, para construção de vantagens competitivas, procurando a criação de bens inovadores que respondam à evolução da procura / oferta internacional. Partindo deste princípio, propõe-se uma especialização inteligente centrada na articulação da cerealicultura com a transformação industrial em farinha destinada à panificação. Desenvolve-se I&D que promove a melhoria de processos tecnológicos e desenvolvimento de novos produtos (produção de trigo mole biofortificado em zinco, para consequente produção industrial de farinha, de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as directivas da União Europeia), para aumento do domínio das cadeias de valor. Reconhece-se que o zinco detém um elevado potencial antioxidante, participando em processos de regulação enzimática, com benefícios reconhecidos face à dermatite atópica, distúrbios da próstata, gravidez, espermatogénese, alopécia, e osteopénia. Portanto, a produção de farinha biofortificada em zinco constituirá um produto alimentar com características funcionais, passível de produção na indústria da panificação, e logo com características nutricionais e profilácticas de fácil reconhecimento para a saúde pública.

Em síntese, este Programa assenta em competências científicas e tecnológicas (com destaque para a engenharia agrícola de precisão, incluindo a utilização de sensores e a construção de modelos de produção, ecofisiologia e tecnologias ligadas à transformação agro-industrial). Aponta-se, como finalidade, a validade, sustentabilidade e qualidade (com marca reconhecida) de novos produtos que reforcem os fatores de competitividade associados à inovação.


Objetivos visados:

Pretende-se agregar valor à produção de trigo mole, destacando-se:

A. Ao nível da Produção:

1. Optimização da produção de trigo mole (Nabão e Roxo) biofortificado em zinco, considerando a interação entre os diferentes sistemas, nomeadamente as interações entre os genótipos de trigo mole e os tipos de adubação e momentos de aplicação;

2. Localização tecidular dos macro e microelementos inorgânicos, com destaque para o zinco, nos grãos de trigo mole (Nabão e Roxo) para seriação da tecnologia industrial a utilizar na produção de farinha (integral ou refinada);

3. Aferição do efeito dos processos de transformação em trigo mole biofortificado em zinco na composição nutricional, considerando os requisitos industria dos mercados-alvo, de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as diretivas da União Europeia para o sector.

B. A nível Económico:

1º- A produção de 2 genótipos de trigo mole (Nabão e Roxo), (produtividade média em: sequeiro - 2500 / 3000 kg/ha; regadio – 8000 /8500 kg/ha), requer um custo de produção de 450-500 €/ha (correspondendo a adubação de fundo, mistura NPK, e de cobertura, base azotada com ureia / sulfato de amónio, cerca de 90 + 90 €/ha), obtendo-se um preço médio para comercialização no produtor de 0,25€/kg (sequeiro - 625-750€/ha; regadio – 2000 - 2125€/ha).

2º- No âmbito da biofortificação, adoptando uma perspectiva minimalista, estima-se um acréscimo para comercialização de 0,05-0,10€/kg (logo em 0,30 / 0,35€/kg; em sequeiro – 750 / 1050 €/ha e em regadio – 2400 / 2975 €/ha), com despesas acrescidas em cerca de 50 €/ha (adubação folear para biofortificação).

3º- Logo, com a produção de trigo biofortificado para a produção de farinha, o objectivo será a criação de um produto sem factores concorrenciais e com um acréscimo de rentabilidade média que face à comercialização actual será, em condições de sequeiro de 12 – 33 %, e em regadio de 17,5 – 38%.


Sumário do plano de ação:

O zinco possui um elevado potencial antioxidante, participando em processos de regulação enzimática, com benefícios reconhecidos face à dermatite atópica, distúrbios da próstata, gravidez, espermatogénese, alopécia, e osteopénia. Assim, propõe-se uma especialização inteligente centrada na articulação da cerealicultura. Ir-se-á criar um novo itinerário técnico para desenvolvimento de novos produtos (produção de trigo mole biofortificado em zinco para produção industrial de farinha, de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as directivas da UE).

Este Programa assenta em competências científicas e tecnológicas (com destaque para a engenharia agrícola de precisão, com utilização de sensores e a construção de modelos de produção, ecofisiologia e tecnologias ligadas à transformação agro-industrial). Aponta-se para a sustentabilidade e qualidade (com marca reconhecida) de novos produtos que reforcem os fatores de competitividade.


Pontos de situação / Resultados:

Historial de Actividades: 

 No dia 17 de Janeiro de 2018, este Projecto teve inicio, incluindo uma deslocação à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), para definição de parâmetros tecnicos necessários à produção de trigo mole biofortificado.

Seguiu-se uma deslocação à herdade do IPBeja associada ao Projecto para selecção de talhões que serão objecto de biofortificação e caracterização da área de produção recorrendo a técnicas ligadas à agricultura de precisão.

    

    

No dia 9 de Julho no campo experimental do Instituto Politécnico de Beja aplicou-se, em imagens recolhidas nos dias 17 de Janeiro, um Software de processamento de imagem (Agisoft Photoscan) e um modelo digital terrestre em 3D. Este modelo é construído através de imagens RGB capturadas por uma câmara HD, presente no drone DJI Phantom 4 Pro.

Desde meados de Setembro, a partir das imagens recolhidas no campo experimental do Instituto Politécnico de Beja aplicou-se, em imagens recolhidas no 17 de Janeiro, aferiram-se curvas de nivel finais através do Agrisoft Photoscan.

No dia 16 de Novembro de 2018, ocorreu um almoço de trabalho e em seguida efectuou-se uma reunião, tendo-se procedido à programação das actividades do Projecto de Investigação a desenvolver no decurso do ano 2018-2019.

No dia 14 de Dezembro, a equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (coordenadora do Projecto), do Instituto Nacional de Investigação Agrária (INIAV) e do Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), efectuaram uma deslocação aos 4 campos experimentais (Unipessoal Lda, AgroVale Longo, Sociedade Agrícola Saramago de Brito e Campo Experimental deo IPBeja), visando a definição de talhões que serão objecto de biofortificação e ainda a caracterização da área de produção recorrendo a técnicas ligadas à agricultura de precisão.

        

No dia 30 de Dezembro, a equipa do Instituto Politecnico de Beja  (escola Superior Agrária) iniciou a sementeira dos diferentes genótipos de trigo que irão ser submetidas a um itinerário técnico de biofortificação na herdade saramago de Brito / Beja.

  

Desde Janeiro de 2019 procedeu-se à recolha de imagens multispectrais com o auxilio de drones e ainda à recolha de amostras biológicas provenientes dos 4 campos de ensaio sobmetidos ao um itinerário de biofortificação em zinco.

Entre o dia 13 e 16 de Maio, os professores Sara Rodrigo e Oscar Santarmaria, na sua qualidade de consultores deste projecto, estiveram presentes na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, tendo no Departamento de Ciências da Terra analisado, discutido e apresentado resultados no âmbito da tecnologia de biofortificação alimentar.

No dia 23 de Maio efectuou-se uma deslocação aos 4 campos experimentais tendo-se procedido à recolha de material biológico para subsequente análise laboratorial e a caracterização do desenvolvimento fenológico. 

    

No dia 25 de Maio efectuou-se uma deslocação aos 4 campos experimentais ligados a biofortificação de trigo em zinco para produção de farinha. Procedeu-se à recolha de imagens multiespectrais com apoio de drones e ainda de material biológico para subsequente análise laboratorial e à caracterização do desenvolvimento fenológico. 

    

No dia 26 de Junho efectuou-se uma deslocação uma deslocação ao campo de produção Francisco Palma para realização da colheita.

    

No dia 26 de Junho efectuou-se uma deslocação uma deslocação ao campo de produção Saramago de Brito para realização da colheita.

    

Entre 16 e 20 de Setembro a Drª Anna Vukovic, da Josip Juraj Strossmayer University of Osijek - Croácia, deslocou-se aos laboratórios do Departamento de Ciências da Terra da Universidade Nova de Lisboa, para desenvolver e implementar técnicas laboratoriais em tomate biofortificado.

Os Professores Dario Itjkic, Boris Ravnjak, Miro Stosic and Tomislav Vinkovic provenientes da Universidade Josip Juraj Strossmayer - Osijek / Croácia deslocaram-se ao Departamento de Ciências da Terra, para troca de experiências , dando particular enfase à produção e controlo de qualidade alimentar. Apresentaram ainda 3 comunicações cientificas com base na investigação que vêm desenvolvendo.

Entre 26 de Julho e 27 de Julho de 2019 procedeu-se à colheita dos genótipos de trigo submetidas ao itinerário de biofortificação em zinco nos 4 campos experimentais. No dia 3 de Setembro tive então inicio a análise laboratorial das amostras, aferindo-se os indices de biofortificação dos diferentes tratamentos e determinando-se os respectivos parâmetros de qualidade. Este processo ficou concluido no dia 27 de Janeiro de 2020.

  

Nos campos experimentais Saramago de Brito, Agro-Vale Longo, Francisco Palma e do Instituto Politécnico de Beja (Quinta da Saúde), procedeu-se à sementeira dos diferentes genótipos de trigo mole nos dias 27 de Dezembro de 2019 e 3, 3 e 13 de Janeiro de 2020, respectivamente. Estas culturas foram submetidos aos procedimentos culturais usuais, tal como descrito para o caso da cultura do Instituto Politécnico de Beja (Quinta da Saúde): passagem do destroçador para destruir as infestantes (19 de Março); lavoura (26 de março); escarificação cruzada (2 de Abril); escarificação simples (2 de Maio); aplicação do adubo de fundo (25 de Maio); passagem da rototerra para incorporação do adubo e regularização do terreno (25 de Maio); montagem do sistema de rega (26 de Maio); marcação do ensaio (27 de Maio); plantação (28 de Maio); início da fertirrega (8 de Junho). Estas culturas foram ainda submetidos a duas pulverizações com soluções de zinco nos dias 25 de Marco e 20 de Abril (Saramago de Brito), 25 de Março e 8 de Abril (Agro-Vale Longo), 3 de Abril e 20 de Abril (Francisco Palma) e 20 de Março e 3 de Abril (Instituto Politécnico de Beja - Quinta da Saúde).

Após a sementeira dos diferentes genótipos de trigo submetidos ao itinerário de biofortificação procedeu-se ao acompanhamento e pulverização dos mesmos, estando em 8 de Maio o trigo nos estádios 77 e 83 da escala de Zadocks.

  

No dia 27 de Maio de 2020 efectuou-se uma deslocação para observação do desenvolvimento da culturas e caracterização sumária da produtividade potencial.

Campo experimental Saramago de Brito

Campo experimental Saramago de Brito

Campo experimental Agro-Vale LOngo

Campo experimental do Instituto Politécnico de Beja (Quinta da Saúde)

Durante o mês de Agosto e Setembro, após colheita dos 2 genótipos de trigo biofortificado nos 4 campos experimentais, procedeu-se à análise laboratorial dos respectivos indices de biofortificação e controlo de qualidade.

    

    

Após implementação da sementeira das duas variedades de trigo (Nabão e Paiva), no dia 18 de Maio de 2021 procedeu-se à recolha de amostras para caracterização laboratorial da cinética de mobilização e acumulação de micro e macornutrientes da raíz para a parte aéria (colmo, folhas e espiga), submetidas ao itinerário de biofortificação em zinco nos campos experimentais do Instituto Politécnico de Beja, Agrovale Longo e IPBeja - Quinta da Saúde.

Centro Experimental do Insituto Politécnico de Beja

    

Agro-Vale Longo

    

IPBeja - Quinta da Saúde

    

No dia 30 de Abril de 2021 efectuou-se uma deslocação aos campos experimentais destinados à produção de trigo biofortificado em zinco, para aferição do estado fitosanitário da cultura, assim como para caracterizar a sintese de mobilização de fotoassimilados nos diferentes talhões (com recurso a técnicas de fluorescência da clorofila a e determinação de outros parâmetros fotossintéticos com recurso a IRGA). Adicionalmente, com recurso à utilização de drones com câmaras acopladas procedeu-se ainda à caracterização do estado de desenvolvimento da cultura.

    

No dia 14 de Maio de 2021 efectuou-se uma deslocação aos campos experimentais destinados à produção de trigo biofortificado em zinco, para aferição do estado fitosanitário da cultura, assim como para caracterizar a sintese de mobilização de fotoassimilados nos diferentes talhões (com recurso a técnicas de fluorescência da clorofila a e determinação de outros parâmetros fotossintéticos com recurso a IRGA). Adicionalmente, com recurso à utilização de drones com câmaras acopladas procedeu-se ainda à caracterização do estado de desenvolvimento da cultura.

    

No dia 28 de Maio de 2021 efectuou-se uma nova deslocação aos campos experimentais destinados à produção de trigo biofortificado em zinco, para aferição do estado fitosanitário da cultura, assim como para caracterizar a sintese de mobilização de fotoassimilados nos diferentes talhões (com recurso a técnicas de fluorescência da clorofila a e determinação de outros parâmetros fotossintéticos com recurso a IRGA). Adicionalmente, com recurso à utilização de drones com câmaras acopladas procedeu-se ainda à caracterização do estado de desenvolvimento da cultura.

    

Na primeira quinzena de Setembro de 2021 a Drª Belen Moya, proveniente da Agricultural University of Plovidv, Bulgaria, deslocou-se aos laboratórios do Departamento de Ciências da Terra, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (NOVA School of Sciences and Technology) da Universidade Nova de Lisboa, tendo participado nas actividades de investigação desenvolvidas em torno da definição de indices de biofortificação e caracterização da qualidade do produto biofortificado.

Entre 1 de Setembro e 31 de Outubro de 2021, a Drª Katarina Damjanović, proveniente da FACULTY OF AGROBIOTECHNICAL SCIENCES OSIJEK - JOSIP JURAJ STROSSMAYER UNIVERSITY OF OSIJEK, encontra-se nos laboratórios do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia (NOVA School of Sciences and Technology) da Universidade Nova de Lisboa, desenvolvendo investigação no âmbito da definição de indices de biofortificação e controlo de qualidade do produto biofortificado.

Resultados / Relatórios: 

  • Relatório Técnico - 2019 (Sinópse)
  • Relatório Técnico - 2020 (Sinópse)
  • Relatório Técnico - 2021 (Sinópse)