ANTA DE CIMA - SOCIEDADE AGRICOLA, UNIPESSOAL LDA; COMPANHIA DAS LEZÍRIAS S.A.; FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA; FLORGÉNESE - PRODUTOS E SERVIÇOS PARA AGRICUL. FLORESTAS UNIPESSOAL LDA; HERDADE DA ABEGOARIA - SOCIEDADE AGRICOLA LDA; INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E DAS FLORESTAS, I.P ; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; PEDRO MIGUEL BELO RAMOS COURINHA MARTINS; PEDRO SACADURA TEIXEIRA CABRAL DUARTE DA SILVEIRA; SOCIEDADE AGRICOLA MONTE DA SE LDA; UNAC - UNIÃO DA FLORESTA MEDITERRÂNICA; VIVEIROS DA HERDADE DA COMPORTA-PRODUÇÃO DE PLANTAS ORNAMENTAIS, LDA
Com uma área atual de cerca de 176.000 hectares (IFN, 2013), o pinheiro-manso Pinus pinea L. é a espécie com maior incremento de área arborizada na última década. Esta espécie providencia rendimentos importantes aos proprietários florestais e à indústria de descasque do pinhão. A produção de pinhão é atualmente uma das principais atividades económicas do setor florestal, representando 4-5% das exportações nacionais com um valor de 60-80 milhões de euros por ano e 13,3% do emprego na floresta (ICNF, 2013). O interesse deste setor é notório pelo expressivo aumento de 54% da área arborizada com pinheiro-manso no período entre 1995 e 2010. Todavia, nos últimos anos, produtores e industriais foram confrontados com perdas alarmantes de produção de pinha e de pinhão. Como causas possíveis foi apontado um aumento da incidência de agentes bióticos nocivos, com destaque para o sugador das pinhas Leptoglossus occidentalis Heideman, espécie invasora, originária da América do Norte, detetada em Portugal pela primeira vez em 2010. Tal como noutros países da bacia Mediterrânica, há uma enorme preocupação com o impacte negativo que L. occidentalis possa ter na produção de pinhão, quer pelo consumo direto, quer pela transmissão de fitopatogéneos. Por outro lado, espécies nativas, como sejam o gorgulho das pinhas, Pissodes validirostris Sahlberg, e a traça das pinhas Dioryctria mendacella Staudinger, poderão também, em conjugação com alterações climáticas e da fisiologia das árvores, ter aumentado a sua incidência (Pimpão, 2012). Urge assim encontrar medidas de gestão que permitam controlar os estragos e minimizar os prejuízos causados por estes agentes bióticos.
O objetivo central deste projeto é desenvolver estratégias de gestão integrada de agentes bióticos que afetam a produção de pinha e de pinhão, com destaque para L. occidentalis, visando-se a implementação de tecnologias e processos inovadores de diagnóstico, monitorização e controlo.
Objetivos gerais:
- Desenvolver processos de diagnóstico e monitorização que permitam determinar o impacte de pragas na produção de pinhas e pinhão, com destaque para L. occidentalis;
- Determinar períodos de desenvolvimento da pinha a serem monitorizados e tratados de acordo com o ciclo fenológico da floração/frutificação e os ciclos biológicos das pragas;
- Desenvolver processos (monitorização, silvicultura preventiva) e produtos (compostos atraentes, armadilhas, inseticidas, auxiliares) de controlo das pragas que afetam a produção das pinhas e pinhão numa perspetiva de gestão integrada.
Objetivos específicos:
- Determinar os prejuízos causados por L. occidentalis, P. validirostris, D. mendacella, D. sapinea na produção de pinha e de pinhão e sua evolução temporal;
- Desenvolver e validar métodos expeditos de diagnóstico;
- Definição do modelo de ciclo fenológico;
- Avaliar a relação entre o ciclo fenológico reprodutivo da planta e os danos das pragas identificadas;
- Identificar as estruturas reprodutivas suscetíveis de serem danificadas por cada agente;
- Avaliar perdas ante e pós-colheita;
- Definir níveis de densidade e de intensidade de ataque por L. occidentalis para os quais se deva intervir com ações de controlo numa perspetiva de gestão integrada;
- Desenvolver métodos de monitorização das densidades de L. occidentalis;
- Pesquisar compostos bioativos (semioquimicos) que possam ser utilizados na monitorização e captura de L. occidentalis;
- Desenvolver armadilhas para captura de L. occidentalis e D. mendacella;
- Determinar períodos em risco de transmissão de D. sapinea e outros fungos por L. occidentalis;
- Determinar potenciais auxiliares a usar em programas de controlo biológico de L. occidentalis;
- Determinar o efeito de métodos silvícolas (fertilização, rega, composição) na suscetibilidade dos povoamentos a L. occidentalis;
- Determinar agentes entomopatogénicos comerciais e compostos químicos, com potencial uso na gestão integrada de L. occidentalis,
- Avaliar os produtos testados tendo em conta a sua eficácia (parâmetros de mortalidade) e custos, incluindo os custos ambientais;
- Divulgar os principais resultados do projeto aos agentes do setor.
No global o projeto visa inovar processos na gestão integrada de pragas do pinheiro manso e do pinhão assim como desenvolver novos produtos (e.g. armadilhas, fitorfármacos, entomopatogéneos) que contribuam para este objetivo.
Com uma área atual de cerca de 176 mil ha, as plantações de pinheiro-manso providenciam uma das principais atividades económicas do setor florestal, representando 4-5% das exportações nacionais, um valor anual de 60-80 milhões € e 13,3% do emprego na floresta. Todavia, existe por parte dos produtores e industriais uma grande preocupação com as perdas alarmantes de produção de pinha e de pinhão observadas nos últimos. Como causas possíveis foi apontado um aumento da incidência de agentes bióticos nocivos, com destaque para a espécie invasora Leptoglossus occidentalis, detetada em Portugal pela primeira vez em 2010. Por outro lado, espécies nativas, como sejam o gorgulho das pinhas, Pissodes validirostris, e a traça das pinhas Dioryctria mendacella, poderão também contribuir significativamente para a perda do pinhão. Neste projeto visa-se desenvolver processos de gestão integrada que permitam controlar os estragos e minimizar os prejuízos causados por agentes bióticos que possam direta ou indiretamente afetar a perda de pinha e de pinhão. O projeto visa desenvolver processos de diagnóstico e monitorização que permitam determinar com precisão o impacte das diferentes pragas na produção de pinhas e pinhão; determinar os períodos de desenvolvimento da pinha e do ciclo fenológico da floração/frutificação mais sucetíveis, de acordo com os ciclos biológicos das pragas; desenvolver processos de monitorização, de silvicultura preventiva, assim como produtos (compostos atraentes, armadilhas, inseticidas, auxiliares) que permitam o controlo destes agentes bióticos minimizando simultaneamente os impactes ambientais.
Na implementação da ação, o projeto desenvolverá as seguintes atividades:
i) Determinação do nível de prejuízos causados por L. occidentalis e outros agentes ;
ii) Identificação dos estádios de floração/frutificação associados aos prejuízos cauasados por pragas;
iii) Identificação de fungos patogénicos associados aos órgãos de reprodução da planta;
iv) Seleção de compostos bioativos com uso potencial na gestão integrada de L. Occidentalis;
v) Desenvolvimento de armadilhas e atrativos para monitorização e captura de L. occidentalis e D. mendacella;
vi) Determinação de efeitos de gestão silvícola na suscetibilidade a pragas;
vii) Testes com auxiliares e fungos entomopatogénicos;
viii) Identificação de inseticidas eficazes e seguros contra L. Occidentalis.
A disseminação e divulgação do projeto far-se-á através de espaço informativo em página web; realização de workshops para produtores/técnicos e investigadores; participação em congressos nacionais e internacionais; implementação de duas unidades de demonstração; elaboração de fichas técnicas e de um manual.
Estado de execução do projeto
O projeto, inicialmente previsto começar em Março de 2017, teve o seu começo oficial a Fevereiro de 2018. A alteração à data de início do projeto justifica-se com o facto de as condicionantes ao Termo de Aceitação da candidatura terem sido validadas só no final de Dezembro de 2017. Assim sendo, verificou-se um desfasamento de um ano do previsto para 2018.
Resultados (Novembro 2020)
A tarefa da divulgação deste GO é coordenada pelo parceiro UNAC.
EVENTOS
PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS
PUBLICAÇÕES TÉCNICAS