AGRO RIO BOM, LDA; ARATM - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS AGRICULTORES DAS TERRAS DE MONTENEGRO; ARBOREA-ASSOCIAÇÃO AGRO-FLORESTAL E AMBIENTAL DA TERRA FRIA TRANSMONTANA; ASSOCIAÇÃO FLORESTAL DO LIMA; ASSOCIAÇÃO FLORESTAL VALE DOURO NORTE; COAMENDOA COOPERATIVA AGRICOLA DE PRODUTORES DE FRUTOS DE CASCA RIJA CRL; COOPERATIVA AGRÍCOLA DE ALFÂNDEGA DA FÉ CRL; COOPERATIVA AGRICOLA DE PENELA DA BEIRA CRL; FILIPE RODRIGUES PEREIRA; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; INSTITUTO POLITECNICO DE BRAGANÇA; INSTITUTO POLITÉCNICO DE CASTELO BRANCO; INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO; LCN - COOPERATIVA DOS LAVRADORES DO CENTRO E NORTE, CRL; PRORURIS, EEM - EMPRESA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE VINHAIS; REFCAST - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA CASTANHA; SOUTOS OS CAVALEIROS, CR; UNIVERSIDADE DE TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO.
A produção mundial de frutos secos exibiu um incremento significativo na última década, esperando-se a manutenção desta tendência para os próximos anos, motivada pelo crescente consumo nos países desenvolvidos e emergentes (International Nut and Dried Fruit Council – INC, 2015; Bento et al. 2016).Em 2015, os frutos secos ocupava, em Portugal, uma superfície de 69.407 ha, dos quais 51.700 ha na região de Trás-os-Montes, ou seja, cerca de 75% da área de frutos secos em Portugal. Em Portugal, o castanheiro, a amendoeira e a nogueira têm, no seu conjunto, uma enorme importância económica, social, cultural e ambiental, constituindo-se como elementos caraterizadores da paisagem. A produção destes frutos secos é, em algumas regiões do país, a principal fonte de rendimento das populações rurais, assegurando, para além de um valor económico e social muito relevantes, outras componentes fundamentais tais como a multifuncionalidade, a manutenção de sistemas ecologicamente adaptados, a economia e o emprego. No entanto, é notória a baixa produtividade dos nossos pomares com a utilização, frequente, de práticas culturais inadequadas e algumas indesejáveis, nomeadamente ao nível do controlo dos inimigos das culturas. Estas espécies de frutos secos estão sujeitas ao ataque de várias pragas-chave como o bichado-da-castanha, Cydia splendana (Hübner) e o gorgulho, Curculio elephas (Gyllenhal), monosteira, Monosteira unicostata (Mulsant & Rey) e o cabeça-de-prego, Capnodis tenebrionis (L), na amendoeira e o bichado, Cydia pomonella (L.), na nogueira, que causam enormes prejuízos ao nível da produção e da qualidade dos frutos e, consequentemente, quebras significativas de rendimento aos agricultores e agroindústria. Estes problemas estão a ser muito agravados no Minho e Douro, devido à presença da vespa-das-galhas–do-castanheiro, Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu. Este inseto tem causado prejuízos elevados em diferentes países, com reduções de 50 a 80% da produção de castanha, o que põe em causa a sustentabilidade e rentabilidade do castanheiro (EFSA, 2010; Bento et al. 2015; Santos et al. 2016). Por outro lado, os conhecimentos sobre a bioecologia das pragas-chave, os fatores de nocividade, o impacto que estas apresentam na produção e qualidade dos produtos e os meios de luta adequados, são diminutos para a maioria delas e quase inexistentes ao nível dos produtores. Acresce o facto, de para alguns destes inimigos chave das culturas, não existirem meios de luta química ou medidas preventivas capazes de travar a sua progressão, sendo necessária a utilização de técnicas inovadoras de luta com recurso à utilização de meios biotécnicos e biológicos. Em conclusão, no presente projeto pretende-se promover a inovação de processo e de produto através da implementação de novas ou otimizadas práticas de produção sustentada, como é o caso da experimentação/aplicação de meios de luta biológicos e biotécnicos.
Com o presente grupo operacional, pretende-se desenvolver um conjunto de estudos e estratégias de proteção para minorar/resolver os problemas fitossanitários do castanheiro, da amendoeira e da nogueira, através da proteção biológica de conservação e da aplicação de meios de luta biológica e biotécnica, nomeadamente:
1. implementar um sistema de prospeção da vespa-das-galhas-docastanheiro, D. kuriphilus e uma correta avaliação do risco. O conhecimento detalhado da dispersão da praga permitirá a avaliação e o planeamento dos meios de luta a aplicar;
2. Estudar a bioecologia das pragas-chave: a) Estudar o ciclo biológico de D. kuriphilus, C. splendana, C. elephas, C. tenebrionis, A. lineatella e C. pomonella; b) Conhecer a fauna auxiliar e sua importância na limitação natural das pragas-chave; c) Implementar medidas de valorização da fauna auxiliar.
3. Combater as pragas-chave com meios de luta biológica: a) Torymus sinensis Kamijo, contra vespa-das-galhas-do-castanheiro, D. kuriphilus, em soutos em grande escala; b) Beauveria bassiana (Bals.) Vuill contra o bichado-da-castanha, C. splendana e o gorgulho, C. elephas, à escala laboratorial e posteriormente testar a sua eficácia no campo; c) nematodes entomopatogénicos dos géneros Steinernema e Heterorhabditis contra o cabeça de prego, C. tenebrionis, à escala laboratorial e posteriormente, testar a sua eficácia no campo.
4. Combater as pragas-chave com meios de luta biotécnica: a) confusão sexual contra o bichado-da-castanha, C. splendana; b) confusão sexual contra o bichado, C. pomonella.
5. Produzir o parasitoide T. sinensis: a) criar condições que permitam otimizar o processo de recolha e obtenção e de T. sinensis, em Portugal; b) otimização do processo de colheita de T. sinensis, preparação das largadas (separação, alimentação e acasalamento) e distribuição, de forma a disponibilizar parasitóides adaptados às condições climáticas regionais;
6. Transferir conhecimento e tecnologia entre o público-alvo (agricultores, associações, cooperativas, etc.).
Pretende-se acompanhar as pragas-chave, avaliar os prejuízos, aplicar meios de luta biológica e biotécnica e promover a biodiversidade funcional, permitindo desta forma melhorar a qualidade dos frutos, a produtividade e a sustentabilidade das culturas.
As principais ações desenvolvidas em 2022 foram as seguintes:
31 DEZEMBRO 2022 - Manual de Boas Práticas
31 DEZEMBRO 2022 - Pragas da castanha - Boletim Informativo
31 DEZEMBRO 2022 - Afideo negro-do-pessegueiro - Boletim Informativo
Eventos:
15 DEZEMBRO 2022 - Grupo Focal _ Biopest
15 DEZEMBRO 2022 - Seminário: Apresentação de resultados dos Grupos Operacionais
11 OUTUBRO 2022 - Participação na Cimeira de AgroInovação 2022
25 JULHO 2022 - Dia aberto: Amendoeira
12 JULHO 2022 - Dia aberto: Amendoeira - Pragas do Amendoal
As principais ações desenvolvidas em 2021 foram as seguintes:
Dias abertos:
As principais ações desenvolvidas em 2019 foram as seguintes:
Dias abertos:
Seminários:
Grupos Focais:
Rede Rural Nacional:
As principais ações desenvolvidas em 2018 foram as seguintes:
- Dia Aberto Amendoeira "Pragas da Amendoeira", Alfândega da Fé, 07 maio de 2018;
- Dia Aberto Castanheiro "Vespa da Galha do Castanheiro", Penhas Juntas (Vinhais), 25 maio de 2018;
- Dia Aberto Castanheiro "Vespa da Galha do Castanheiro", Trancoso, 26 junho de 2018;
- Seminário Amendoeira: Alfândega da Fé, 13 julho de 2018;
- Dia Aberto "Amendoeira/Castanheiro - Pragas da Amendoeira/Vespa da Galha do Castanheiro", Mogadouro, 16 julho de 2018.
As ações de transferência de conhecimento e divulgação de resultados, focadas nas pragas da amendoeira e do castanheiro, contaram com a colaboração de parceiros de I&D, IPB – Instituto Politécnico de Bragança, com palestras técnicas sobre bioecologia e meios de luta de pragas-chave, nomeadamente a vespa-das-galhas-do-castanheiro (castanheiro), a monosteira e o cabeça-de-prego (amendoeira) e uma visita a campos de demonstração e ou pomares comerciais.
O balanço de todas é positivo, uma vez que, os produtores e agentes do setor viram com bons olhos as iniciativas e participaram ativamente.
As principais ações desenvolvidas em 2017 foram as seguintes:
Apresentação do GO no Agri-Innovation Summit 2017. O póster apresentado pode ser visto aqui.