Inovação para a Agricultura

Estudos de caso múltiplos de organizações cooperativas agrícolas da Europa Mediterrânica (Portugal v. outro país do Sul da Europa), com o objetivo específico de identificação circunstanciada das melhores práticas organizacionais; subactividades: Levantamento de bases de dados e de documentos sobre contexto agrícola e do setor cooperativo agroalimentar nos 5 países selecionados; análise estatística dos dados e revisão académica dos documentos encontrados; aplicação de metodologia estatística para seleção de amostra representativa da realidade que se pretende estudar (8 cooperativas nacionais, dos setores do vinho, Frutas, Hortícolas, Leite de bovinos, Azeite, Pecuária, Apicultura e não especializadas, e até 16 cooperativas do Sul Europeu (França, Itália, e Espanha) caraterizados por melhores práticas em setores e nível de organizacional comparáveis; levantamento de bases de dados e de documentos sobre a história, enquadramento socioeconómico, apoios comunitários recebidos, organização funcional, modelo de governança e estrutura de pessoal de cada cooperativa; análise estatística dos dados e revisão académica dos documentos encontrados; aplicação de metodologia específica para selecionar o entrevistado dentro de cada cooperativa; escolha do método de implementação da entrevista e das regras a aplicar na mesma; transposição dos principais eixos estratégicos definidos para o guião de entrevista; teste piloto do inquérito com vista a melhorar a sua eficácia; implementação das entrevistas de forma presencial ou online; preparação do relatório das entrevistas com a utilização de metodologia qualitativa de análise apropriada (Estudos de Caso); analise de benchmarking, promovendo o comparativo entre as diferentes cooperativas estudadas para identificação das melhores práticas e também para determinar o afastamento de Portugal relativamente a essas práticas; redação do relatório final.

A primeira tarefa será a caraterização detalhada do solo e clima dos locais dos ensaios experimentais e campo-piloto. Será proposta, para cada local a adubação necessária e eventualmente um plano para a correção do solo (calcário dolomítico) uma vez que é fundamental criar condições propícias para o desenvolvimento e potenciação das plantas Será realizado uma monitorização da composição florística em cada um dos locais a intervir. Com base nas atividades anteriores serão pensadas e preparadas as misturas de pastagens a utilizar em cada local. Para cada local, serão preparadas duas misturas para pastagem: mistura biodiversa 1 com elevada percentagem de leguminosas e mistura biodiversa 2 com elevada percentagem de gramíneas, que serão comparadas com pastagem natural existente nos locais. Serão instalados campos experimentais em dois locais (Quinta da França e num campo do INIAV), nos quais serão realizadas as seguintes tarefas: - Determinar a biomassa e o crescimento das diferentes pastagens e o valor nutritivo do pasto; - Determinar o Valor Alimentar (= Valor Nutritivo x Ingestão) para cada tipo de pastagem. A ingestão será avaliada por medição da quantidade de erva disponível à entrada e à saída das animais das parcelas; - Determinação das emissões de metano pelos animais em pastoreio recorrendo a um sistema GreenFeed; - Determinação das emissões de CO2, CH4 e N2O do solo nas pastagens; Com base nos dados recolhidos será feito o estudo no Balanço de Carbono que incidirão sobre o solo (retenção e emissões, estimados por extrapolação), a massa vegetal produzida e as emissões de GEE pelos animais em pastoreio (GreenFeed). Também serão instalados campos-piloto com três tratamentos diferentes: Pastagem biodiversa rica em leguminosas, Pastagem biodiversa com baixa proporção de leguminosas e alta de gramíneas, em comparação com a pastagem natural, em Portugal continental com diferentes solos, nos quais se irão realizar as seguintes tarefas: - Determinação do tipo de maneio animal na utilização das pastagens e cálculo da carga animal suportada recorrendo à utilização de um rising plate meter; - Registo da atividade dos animais através de coleiras/GSM para determinar os tempos de pastoreio em cada tipo de pastagem; - Persistência das pastagens. Realizada através de cortes e separação botânica para determinar a presença e proporção das espécies pratenses; - Evolução da matéria orgânica no solo através de amostragens de solo, por georreferenciação e análise laboratorial.

Instalação de diferentes misturas de forragens que permitam um corte inicial ‘a dente’ para suplementação dos animais durante o inverno - Semear recorrendo a métodos de conservação do solo (sementeira direta) os ensaios de misturas forrageiras para avaliação das respetivas curvas de produção de biomassa e de valor alimentar, e que permitam uma primeira utilização durante o inverno, sem comprometer a produção para conservação na primavera. - Monitorização através do uso de tecnologias sensórias por deteção remota e próxima (GreenSeaker®) que permite a recolha de dados para definição de zonas de maneio diferenciado. Deste modo será feita a aplicação diferenciada de agroquímicos que garanta o uso racional de fatores de produção e reduza o impacto ambiental dos mesmos. - Avaliação da capacidade de recrescimento após a utilização invernal, produção de matéria seca e qualidade da biomassa. – Realização de conta de cultura anual, fundamental para avaliar os custos e as receitas da produção de cada tipo de forragem, para avaliar com precisão qual é a melhor solução. - No âmbito das Ações 3.3 e 3.4, implementação de um roteiro de transferência de conhecimento e desenvolvimento de um Manual de Boas Práticas na instalação e maneio de pastagens e forragens. - Divulgação das atividades e resultados dos trabalhos em reuniões e publicações científicas e técnicas.

A primeira tarefa corresponde à colheita das algas pela seaExpert e à preparação dos óleos ricos em bromofórmio (Bromoil). Estes processos decorrerão na Ilha do Faial (Açores). Após a colheita,as algas serão imersas em óleo durante cerca de 30 dias, sendo depois separado o óleo que será enviado para o INIAV-Santarém e para a FMV-ULisboa. Será feita a caracterização química das algas e das soluções oleosas e verificada a estabilidade do bromofórmio num período de 12 meses em condições de armazenamento à temperatura ambiente Serão realizados ensaios in vitro num equipamento que permite medir a cinética da fermentação microbiana ruminal ao longo de 48 horas, como método preliminar para avaliação do potencial antimetanogénico do Bromoil para definir as concentrações a utilizar nos ensaios produtivos. Serão realizados ensaios produtivos no INIAV-Santarém com ovinos e bovinos para avaliar o efeito da suplementação com Bromoil no crescimento, qualidade das carcaças e da carne e nas emissões de metano. A medição das emissões individuais de CH4 e CO2 nos bovinos será utilizado um sistema Greefeed (C-Lock Inc., Rapid City, Dakota do Sul, EUA). Após o abate dos animais será feita a apreciação parede ruminal para pesquisa de eventuais lesões degenerativas que possam estar associadas ao suplemento. Será recolhido individualmente o conteúdo ruminal para determinação dos parâmetros químicos relacionados com a função ruminal e a qualidade da carne foi verificada por determinação de parâmetros químicos e físicos. Será feita a pesquisa de resíduos de bromofórmio na carne e/ou gordura na carne e fígado de animais suplementados. Será feita a Análise de Ciclo de Vida da fase de engorda dos novilhos com base nos resultados obtidos nos ensaios produtivos. Os resultados obtidos no(s) ensaio(s) realizado na Fonte Boa (INIAV) servirão para delinear um outro ensaio produtivo em condições de exploração comercial na Quinta da França (Terraprima). Será desenvolvido pela equipa do Instituto Superior Técnico um modelo metabólico baseado na teoria universal Dynamic Energy Budget (DEB). Os modelos DEB seguem os fluxos de energia e massa no organismo, responsáveis pelos diferentes processos metabólicos, para estimativa do carbono armazenado no corpo dos animais e das emissões resultantes do seu metabolismo interno, como o CH4 ruminal.