Problemas de vária natureza:
Saúde e bem-estar animal, gestão desadequada do pastoreio e do uso de fatores de produção (fertilizantes, alimentos), baixa eficiência reprodutiva de várias espécies e raças de animais, conservação ex-situ de património genético animal incompleta ou de baixa qualidade, perda de biodiversidade no Montado por conflito com a produção agropecuária.
Oportunidade:
Tornar numa atividade económica do Montado a produção de trufas comestíveis.
Os principais objetivos do projeto são:
O plano de ação do projeto SUMO inclui:
Todas as tarefas do projeto estão ainda em curso.
Os resultados de algumas das tarefas têm sido apresentados em eventos técnico-científicos nacionais e internacionais e em eventos de divulgação/extensão rural. O projeto também tem sido divulgado na comunicação social nacional (Jornais: Semanário Sol e Público).
O PIB gerado pelo setor agrícola passou de 8,9% em 1980 para 1,6% em 2020, sinal de que as empresas não conseguiram acompanhar a geração de valor acrescentado do resto da economia nacional. Contrariamente à agricultura o setor turístico ganhou expressão na economia nacional, tendo passado dos 2% do PIB em 1996 para 6,1 em 2019, sendo um sector que apresenta ainda uma enorme capacidade de exportação. Em 1980 foram contabilizados 4,56M de hóspedes, número que em 2019 passou para mais de 27M, 949 mil dos quais em Turismo de habitação e no espaço rural. Apesar de baixo o número de hospedes ser mais baixo do que o de outras tipos de oferta turística, entre 2013 e 2019 as empresas de turismo rural triplicaram o número de hospedes, tendência que se mantivesse poderia servir como fonte de rendimento complementar às atividades agrícolas.
As alterações climáticas e sócio-ecológicas vigentes, com impactes bem identificados a nível mundial, obrigam a que todo o sector agrícola procure encontrar soluções de sustentabilidade inovadoras reduzindo para tal as suas pegadas (climática, hídrica, de poluição difusa, de paisagem e de biodiversidade) enquanto cria valor económico e social. As novas tecnologias e a sociedade da criatividade e da inovação têm aqui um papel chave para enfrentar este difícil problema, mais ainda quando sabemos ser o sector agrícola um sector tradicionalmente muito conservador. Por isso, a inovação não poderá estar apenas centrada nos aspetos da digitalização e da tecnologia, mas também, na resolução das barreiras sociais e humanas que impedem o seu uso e vulgarização. O projeto Pegada 4.0. pretende assim, fazer a ponte entre a academia e os atuadores deste setor, os agricultores.
O presente projeto PEGADA 4.0 encontra-se assente num modelo circular composto por 10 Work Packages (WP) enquadrados na cadeia de valor do setor agro e da Agricultura 4.0, abarcando as etapas de desenvolvimento da sustentabilidade (medir as pegadas da produção), tecnologias (estudar, aplicar, auditar e monitorizar de forma rápida e barata) e digitalização de processos (transferência, formação e tomada de decisão).
Este modelo foi equacionado para maximizar o valor económico e social da Agricultura 4.0, bem como, reduzir os impactes ambientais da produção de alimentos e ultrapassar incertezas científicas atualmente verificadas em muitas das técnicas Agricultura 4.0 utilizadas no mercado. De facto, as soluções estudadas, desenvolvidas e testadas, sejam em termos de sustentabilidade (WP1), de tecnologias (WP2, WP3, WP4, WP5) e de digitalização de processos (WP6), vão ser ensaiadas em vários casos de estudo direcionados para o setor dos cereais (WP7) e para o setor das hortícolas e horto-industriais (WP8), envolvendo assim um número elevado de dinamizadores e utilizadores finais.
WP1
WP2
WP3
WP4 Instalação sensores:
WP5 Algoritmo IA:
WP6 Integr. App de Alg. IA:
WP7
WP8
WP9
WP10
Neste momento, o plano de acção está a ser cumprido tal como foi previamente definido, sendo possível ver já alguns resultados prévios publicados na revista Agrotec (nº 50).
As cooperativas agroalimentares em Portugal Continental têm uma história já longa, de papel muito significativo na organização da produção agroalimentar e na prestação de serviços essenciais à produção agrícola e pecuária de base. Ao longo dessa história as cooperativas tem sido objeto de inovação organizacional importante, particularmente em alguns dos subsetores, em face de alterações no seu contexto de atuação, embora noutros essa inovação tenha ficado aquém do que seria desejável, sobretudo tendo em conta a evolução ocorrida em congéneres de outros países da Europa mediterrânica, como foi demonstrado em trabalho anterior realizado por elementos da equipa deste projeto. A presente conjuntura e a sua dinâmica de rutura, seja na envolvente política e económica, nacional e internacional, seja na pressão crescente a que estão sujeitos os recursos agrícolas a nível global, reforçam a necessidade de repensar e inovar tanto ao nível das práticas de gestão e de organização interna como ao nível do papel e funções das cooperativas na organização da produção agroalimentar em Portugal.
Conforme tem sido frequentemente assinalado pela Comissão Europeia, Portugal apresenta, na generalidade dos subsectores agrícolas, um nível de organização da produção ainda insuficiente, o que compromete a melhoria da sua competitividade e sustentabilidade. O presente projeto pretende contribuir para melhoria deste défice estrutural da agricultura portuguesa via reorganização do setor cooperativo agrícola.
Disponibilização de sistema integrado de benchmarking de gestão, de formação e de assistência técnica, promotor de inovação tecnológica ao nível da produção agrícola de base de agrocooperativas portuguesas.
Componente 1.1 - Desenho, desenvolvimento e avaliação da eficácia de centro de gestão piloto para benchmarking de explorações agrícolas e identificação de problemas tecnológicos, a título de input para assistência técnica e formação aos associados pelas cooperativas, e articulação destas com sistema de I&DE, e com decisores de investimento em infraestruturas públicas; Subactividades: Levantamento dos requisitos mínimos da aplicação a desenvolver; identificação do detalhe de todos os dados a recolher e desenho da base de dados (construção de um documento para validação, onde estarão listadas todas as propostas de funcionalidades do sistema, vistas de utilizadores, restrições, dependências e requisitos específicos da aplicação); conceber os requisitos tecnológicos para a aplicação (definição da arquitetura do sistema, linguagem de programação e padrão de interface gráfica); criação do protótipo do sistema de recolha de dados (esboçar do design e características da aplicação); desenho dos relatórios (partilha de relatórios de forma faseada de modo a permitir revisões e feedback a cada etapa); validação e aperfeiçoamento dos relatórios com base no feedback obtido; validação do sistema de inputs e relatórios pelas partes envolvidas (simulação de cenários de uso no dia a dia, para identificação de falhas na codificação e no projeto); compilação e geração de código-executável para o desenvolvimento do software; aplicação de melhorias no software, resultantes da sua implementação; instalação do software no ambiente final juntamente com manuais do sistema (entregável 2.1 - disponibilização com manuais, e instalação, do sistema informático de benchmarking de explorações agropecuárias associadas de cooperativas); importação de dados para o novo sistema e entregável 2.2 - formação dos utilizadores para o uso correto e adequado do sistema de benchmarking de explorações agropecuárias.
Componente 1.2 - seleção de grupo de explorações leiteiras de associadas de cooperativa para efeitos de constituição de um grupo de gestão piloto para a inovação piloto; produção de guião de procedimentos para a recolha periódica de informação contabilística das explorações leiteiras do grupo de gestão pelo quadro da cooperativa indigitado para o efeito, para posterior produção de indicadores de gestão individuais e seu benchmarking no quadro do grupo; guião de procedimentos para a identificação de proximidade de eventuais problemas técnicos sentidos/observados nas explorações agrícolas do grupo de gestão, via reuniões periódicas com os agricultores, para posterior reporte técnico de base anual; preparação de uma listagem provisória de itens a cobrir nos relatórios de base anual de reporte de problemas tecnológicos identificados e respetiva tipologia de resolução (assistência técnica, formação ou I&DE); preparação de uma listagem na perspetiva de resolução de problemas dos itens a cobrir nos relatórios anuais de reporte dos problemas técnicos identificados nas explorações agrícolas do grupo de gestão; definição do conteúdo, estrutura e tipo formatação para os relatórios anuais de problemas tecnológicos do grupo de gestão; implantação de sistema piloto de benchmarking de explorações leiteiras com base na Cooperativa de Barcelos com vista a melhorias na gestão e à potenciação de inovação tecnológica grupal; avaliação global da operacionalidade e replicabilidade dos grupos de gestão para a inovação de base cooperativa; produção do entregável 2.3 - relatório final do BA2.
Componente 2 - Medição do Impacto Social das Cooperativas Agrícolas, constando de 8 ações piloto de criação, calibração e avaliação de metodologia, indicadores e procedimentos de medição do impacto Social & Ambiental, com vista à sua replicação no universo das cooperativas agrícolas em Portugal; subatividades: selecionar um conjunto de indicadores de impacto sócio ambiental com as seguintes caraterísticas: 1) parcimonioso de maneira a não exigir muitos recursos para a sua operacionalização; 2) relevante de maneira a cobrir componentes importantes do impacto social; 3) exequível de maneira a que possa ser operacionalizado com informação à qual as cooperativas possam ter acesso pro elas próprias; 4) sustentável no sentido da sua implementação poder ser replicada e continuada de forma autónoma pelas cooperativas depois do termo deste projeto; selecionar um conjunto de cooperativas para a experiência piloto de operacionalização dos indicadores que sendo parcimonioso, permita incluir ramos de atividade importantes do setor e onde haja boas condições de acolhimento deste tipo de experiência; avaliar a relevância e exequibilidade da proposta inicial de indicadores através de reuniões com representantes de cooperativas a integrar na experiência piloto, com possíveis ajustamentos no conjunto de indicadores da proposta inicial; recolher e tratar informação das cooperativas da experiência piloto para aí operacionalizar o conjunto de indicadores de impacto social; redação do relatório intermédio da operacionalização do conjunto de indicadores de impacto social e da sua discussão em workshops a realizar com representantes das cooperativas da experiência piloto e com outras pessoas que possam dar contributos relevantes para este assunto; finalizar a operacionalização dos indicadores de impacto social melhorando e completando o trabalho realizado nas fases anteriores e tendo em conta as recomendações que tiverem decorrido da avaliação dos resultados reportados no relatório intermédio.
Foi constituída a amostra de 30 explorações agrícolas para pilotagem do sistema de gestão para a inovação, todas associadas da Agribar – Cooperativa Agrícola de Barcelos, e com elas começado o trabalho de campo de recolha de dados de benchmarking de gestão e de acompanhamento técnico, tendo sido simultaneamente iniciado o trabalho de desenvolvimento de uma aplicação informática para benchmarking de gestão para grupos de explorações agrícolas.
Documentação: