Inovação para a Agricultura

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BioChestnut- IPM - Implementar estratégias de luta eficazes contra doenças do castanheiro e amendoeira

Entidade líder do projeto: CENTRO NACIONAL DE COMPETENCIAS DOS FRUTOS SECOS - ASSOCIAÇÃO CNCFS
Responsável pelo projeto: Albino Bento
Site do projeto: http://biochestnut.cncfs.pt
Área do plano de ação: Cultura de frutos de casca rija/frutos secos
Parceiros:

AGRO RIO BOM, LDA; ARATM - ASSOCIAÇÃO REGIONAL DOS AGRICULTORES DAS TERRAS DE MONTENEGRO; ARBOREA-ASSOCIAÇÃO AGRO-FLORESTAL E AMBIENTAL DA TERRA FRIA TRANSMONTANA; ASSOCIAÇÃO FLORESTAL VALE DOURO NORTE; COAMENDOA COOPERATIVA AGRICOLA DE PRODUTORES DE FRUTOS DE CASCA RIJA CRL; COOPERATIVA AGRÍCOLA DE ALFÂNDEGA DA FÉ CRL; COOPERATIVA AGRICOLA DE PENELA DA BEIRA CRL; FILIPE RODRIGUES PEREIRA; INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA IP; INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO; INSTITUTO POLITECNICO DE BRAGANÇA; LCN - COOPERATIVA DOS LAVRADORES DO CENTRO E NORTE, CRL; PRORURIS, EM - EMPRESA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL DE VINHAIS; REFCAST - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DA CASTANHA; SOUTOS OS CAVALEIROS, CRL; UNIVERSIDADE DE TRÁS OS MONTES E ALTO DOURO


Prioridade do FEADER: P4) Restaurar, preservar e melhorar os ecossistemas ligados à agricultura e à silvicultura;
Identificação do problema ou oportunidade que se propõe abordar:

O castanheiro europeu (Castanea sativa Mill.) é, entre as 13 espécie do género Castanea, a que aparece de forma natural na Europa. Produzido num sistema agroflorestal muito característico orientado para a produção de castanha é a espécie dominante nos soutos em Portugal. A produção do castanheiro tem grande tradição nas regiões montanhosas do interior de Portugal o que confere ao ecossistema castanheiro elevada importância económica, social, ecológica e paisagística. O fungo Cryphonectria parasitica, associado ao Cancro do Castanheiro (CC), foi introduzido e teve desenvolvimento epidémico muito rápido em Portugal a partir de 1989 (Gouveia et al., 200). Apesar dos esforços empreendidos pela aplicação das medidas de quarentena e dos meios de luta baseados na eliminação dos tecidos doentes, o CC contínua em expansão epidémica de difícil controlo. A não existência de medidas de luta eficazes provoca grandes prejuízos económicos, uma vez que a doença provoca a morte das árvores, com graves repercussões em termos sociais, ecológicos e paisagísticos que exige a aplicação medidas de proteção mais eficazes. No sentido de implementar a luta biológica por Hipovirulência como meio preferencial contra o CC, um método considerado muito eficaz, o Instituto Politécnico de Bragança isolou estirpes hipovirulentas do fungo C. parasitica dos grupos VCtype dominantes em Portugal e desenvolveu técnicas de multiplicação em laboratório destas estirpes e também os métodos de aplicação no campo que demonstraram a sua eficácia enquanto agente biológico de combate ao Cancro do Castanheiro. Depois da avaliação do “dossier” O Ministério da Agricultura – DGAV (entidade reguladora dos produtos para proteção das plantas em Portugal) autorizou a aplicação do bioproduto segundo o definido no protocolo estabelecidoautorizou a aplicação do bioproduto segundo o definido no protocolo estabelecidocom O Instituto Politécnico de Bragança e deste com as diferentes entidades dosetor da produção e que em conjunto constituem o “Programa de luta Biológicacontra o Cancro do Castanheiro” (www.esa.ipb/dictis). A aplicação da luta biológicacom a aplicação do um novo produto (DICTIS) e de um novo método de proteçãodas plantas (luta biológica por hipovirulência) assente nos princípios da proteçãointegrada, promove a produtividade e sustentabilidade agrícola e resolve esteproblema concreto proporcionando a recuperação total dos castanheiros e de todo oecossistema castanheiro.

O programa baseia-se na transferência de tecnologia e noconhecimento do ecossistema castanheiro promovendo a sustentabilidade eresolvendo um problema concreto do ecossistema castanheiro como o preconizadono PEI-AGRI (RRN, 2016). Por outro lado a Doença da Tinta, uma doença das raízesdo castanheiro presente em Portugal desde 1838, continua a provocar situaçõessanitárias de difícil solução apesar dos esforços empreendidos há mais de 100 anos.As sinergias geradas na parceria justifica que se inclua nesta ação as medidas deluta direta direcionada às árvores doentes para travar a dispersão da doença nossoutos. A utilização de substâncias ativas como o mefenoxan, autorizadas naeuropa para controlar podridões radiculares provocadas por Phytophthora emabacateiro e nos citrinos (Zentmeyer et al., 1998), serão aplicados nas árvoresdoentes (que evidenciam sintomas) e suas adjacentes para avaliar esta estratégiade atuação para travar a dispersão da doença nos soutos. O conjunto de entidadesenvolvidas, associações de produtores, Cooperativas, empresas em nomeindividual, entidades do sistema de investigação e do ensino superior que emPortugal têm desenvolvido trabalhos de investigação em castanheiro, e queintegram esta parceria assim como as ligações a entidades internacionais como oINRA–Cestas - Bordeaux (detentora do bioproduto em França) e o Swiss FederalInstitute for Forest, Snow and Landscape Research, WSL em Zurich (Anexo A eAnexo B) que participaram nos estudos para o desenvolvimento do bioproduto, sãogarantia de apoio a um plano da maior importância para a aplicação da lutabiológica contra o Cancro do Castanheiro em Portugal e no desenvolvimento deestratégias de proteção integrada para o castanheiro e amendoeira.


Objetivos visados:

Um dos objetivos visados com este Grupo Operacional é Implementar a luta biológica por Hipovirulência contra o Cancro do Castanheiro com base no bioproduto DICTIS nas regiões da DRAP Norte e DRAP Alentejo respeitando o programa sancionado e autorizado pela entidade reguladora nacional (DGAV). Para concretizar este objetivo consideram-se os seguintes objetivos operacionais:(i) Caracterização da população virulenta de C.parasitica; (ii) Conhecer a presençada hipovirulencia natural na população de C.parasitica em Portugal; (iii) Monitorizara eficácia dos tratamentos; (iv) Desenvolver formulações do bioproduto DICTISpara utilização em situações diferenciadas da doença no castanheiro.Em relação à Doença da Tinta é objetivo instalar “parcelas piloto” com a aplicaçãode meios de luta diretos, com utilização de substâncias ativas de reconhecidaeficácia, nas árvores doentes e suas adjacentes para avaliar a eficácia destaestratégia para evitar a dispersão da doença nos soutos. Para o Cancro da Amendoeira, uma doença emergente, que provoca elevados prejuízos nas novas plantações, pretende-se estudar e caracterizar a população do parasita Diaporthe amygdali, de forma a perspetivar estratégias de luta nos períodos mais adequados e avaliar a presença de hipovirus na população do parasita (hipovirulência) com potencial de utilização em luta biológica.


Sumário do plano de ação:

Propõe-se implementar o Programa de Luta Biológica contra o Cancro do Castanheiro baseado nos resultados de projetos de investigação e desenvolvimento experimental anteriormente realizados (www.esa.ipb.pt/dictis) baseado na aplicação do produto biológico para o tratamento do Cancro do Castanheiro (DICTIS) segundo as normas definidas pelo protocolo de ação sancionado pela autoridade reguladora nacional (DGAV) que estabelece as ações a desenvolver por cada uma das entidades envolvidas e com aplicação autorizada para a área da DRAPNorte e DRAPAlentejo. Inclui ainda a instalação de “projetos piloto” com capacidade de replicação ao nível das explorações individuais para o combate à Doença da Tinta. As estratégias de luta para a Doença da Tinta estão direcionadas para intervenções com meios de luta direta nas árvores doentes e/ ou solo através dos meios de luta biológicos, culturais e químicos já disponíveis mas com aplicação coordenada de forma a controlar a dispersão da doença e minorar os efeitos da doença já presente nos soutos. Gestão integrada de doenças da amendoeira.


Pontos de situação / Resultados:

Resultados do GO divulgados em póster na Cimeira Cimeira Nacional de AgroInovação 2022, realizada 11 e 12 de outubro no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas - CNEMA, em Santarém. Consulte Póster aqui (pdf)

As principais ações desenvolvidas em 2019 foram as seguintes:

  • Continuação da instalação de alguns dos campos experimentais;
  • Continuação do levantamento e registo das parcelas afetadas pelo cancro-do-castanheiro;
  • Organização e dinamização de jornadas técnicas, seminários, dias abertos e colóquios:

 Dias abertos:

  • 16 julho 2019 - Mogadouro "Dia Aberto: Amendoeira e Castanheiro"
  • 27 julho 2019 – Alfândega da Fé "Dia Aberto: Pragas e doenças do amendoal"
  • 20 setembro 2019 – Carrazedo de Montenegro "Dia Aberto: Doenças do castanheiro"
  • 24 setembro 2019 – Amendoeira (Macedo de Cavaleiros) "Dia Aberto: Castanheiro"
  • 26 outubro 2019 - Vinhais "Dia Aberto: Jornadas do castanheiro"

Seminários:

  • 07 junho 2019 – Refóios do Lima "Seminário: Pragas e doenças do Castanheiro"
  • 18 junho 2019 - Trancoso "Seminário: Pragas e doenças do Castanheiro"

 Rede rural Nacional:

  • Workshop em Vila Real na UTAD, no dia 3 de julho de 2019

Outras ações:

  • Dinamização das plataformas web e ampla divulgação online;
  • Atividade laboratorial.

As principais ações desenvolvidas em 2018 foram as seguintes:

Newsletter 01/2018

Newsletter 02/2018

A ficha do projeto pode ser consultada aqui.